Piaf
(2007)
Não é fácil um filme desta natureza me atrair, porque normalmente eles carregam uma sequência de clichês do tipo: artista genial que viveu no inferno quando vai para o paraíso o leva consigo. Isto sem falar em um repertório romântico que não me diz respeito.
Mas, mesmo assim, eu gostei bastante do filme: a voz de Piaf dispensa comentários, há pelo menos umas três canções que podem mexer com qualquer um, e a atriz Marion Cotillard realmente é sensacional, mereceu todos os elogios que recebeu por sua atuação, e a gente vê que uma atriz não-hollywoodiana tem que ralar muito para alcançar o reconhecimento, muito mais que as Jolies, Roberts e até mesmo Portmans e Johansons do mercado cinematográfico que deram sorte de nascer nos EUA.
O filme tem uma narrativa de vai e vem que geralmente agrada ao público, mas obviamente serve para esconder ou minimizar fatos essenciais da vida do artista a que se quer promover e/ou reverenciar. É um truque bem óbvio. Há clichês claramente voltados para agradar os estadunidenses, como, por exemplo, Edith Piaf cantando o clássico La vie en rose, pela primeira vez na vida, justo quando estava em Nova York. Mas quem vai ao cinema ver homenagens a artistas acaba sendo cúmplice deste tipo de escolha. O vício em morfina de Piaf é minimizado como sendo uma espécie de automedicação para a poliartrite. Bom, mas a atuação da atriz principal e as canções (com letras muito boas) tornam este filme um ótimo programa.
eu gostei bastante desse filme. a Marion Cotillard simplesmente arrasa. as músicas e o estilo da piaf são incríveis. o 007 acabou me presenteando com o dvd. beijos, pedrita
ResponderExcluirDe pleno acordo, ela arrasou.
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