Juiz de Fora

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fotos por David Sylvian













David Sylvian foi o cantor do Japan, uma banda new romantic com poucos fãs no Brasil. Já postei sobre eles em diversas ocasiões, mas é a primeira em que chamo atenção sobre as suas fotos disponíveis em seu site (http://www.davidsylvian.com/). Não saberia avaliar a qualidade delas, não é tudo o que faz que me agrada, inclusive, mas algumas me parecem bem bonitas e pessoais (e dão belos wallpapers...)


domingo, 30 de janeiro de 2011

E se a moda pegar?

O Panótico vê aqui e agora (60)



O turista
(2010)


Este filme chama a atenção por Johnny Depp não estar fazendo as suas personagens usuais (normalmente a soldo do diretor Tim Burton) e contracenando com Angelina Jolie. Angelina Jolie está mais bonita que na maioria dos seus filmes (bem, eu entendo que ela tem silicone em duas regiões do corpo e é meio reta, mas não estou preocupado com isto, o mundo que babe à vontade) e faz uma inglesa criminosa e fatal vigiada pela Interpol. Depp é um professor de Matemática viúvo que deixou os EUA para passear na Europa. A moça se atira para o inseguro docente e ele vai se apaixonando e se dando mal. As locações em Veneza são ótimas (o hotel Danieli é um forte coadjuvante no filme), e já começam bem mostrando a chegada de trem na estação ferroviária, uma tomada bem incomum, pois sempre que vemos Veneza na tv o foco são os canais e a praça de São Marcos com o palácio do duce. É um filme de todo bem previsível, inclusive o final. Se viu, gostou. Se não viu, não perdeu grande coisa.






Carros (3)










Audi R18

Este é o novo protótipo Audi R18, lançado em 11 de dezembro de 2010, há exatos seis meses da próxima corrida de 24h de Le Mans. Sucessor do vitorioso Audi R15, ele apresenta diversas novidades: é um carro fechado, assim como os dos arquiadversários Peugeot 908; é todo preto, em substituição ao vermelho, amarelo e cinza dos Audi R15, R10 e R8; e no lugar do motor V10 de 5.5 litros agora temos um ecologicamente menos danoso V6 (isto mesmo, V6!) de 3.8 litros.

As 24 horas de Le Mans são uma corrida absurda e fascinante, com cinquenta e cinco carros divididos em quatro categorias. Cada carro é pilotado por uma trinca de pilotos que se revezam a cada quarenta voltas (duas horas e meia) em média. Quem assistiu a deste ano observou os quatro velozes Peugeot 908 quebrarem um a um, cedendo os três primeiros lugares para os Audi R15, mais lentos porém confiáveis. Fiquei fã desta corrida de tanto jogá-la no Gran Turismo 4, para Playstation 2. Um ou outro brasileiro disputa usualmente esta corrida, que é pouco conhecida dos fãs de automobilismo por aqui. A deste ano eu tenho na íntegra, em dvd, assisti as vinte e quatro horas algumas vezes (narrado em húngaro, mas e daí?! rs...). A corrida à noite é sensacional.







sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Livros (37)


Há uns vinte e cinco anos atrás um conhecido meu - funcionário do Banco do Brasil - aposentou-se pela lei previdenciária da época, com trinta anos de serviço, aos quarenta e oito anos de idade. Perguntei-lhe o que pretendia fazer agora que teria um bom tempo livre: "Ler todos os clássicos da literatura universal". Este diálogo me remete às coleções homônimas, com obras que não pagam mais direitos autorais por terem sido publicadas há mais de setenta anos, o que torna o custo de sua aquisição especialmente atraente.Tenho duas delas, parcialmente, e nada do que li foi perda de tempo. Mas mantive a curiosidade de qual seria um guia de esquadrinhamento idôneo para que você possa ler o que há de melhor na criação literária já que o tempo de uma vida é curto demais para se ler todos os clássicos da literatura universal. Uma sugestão partiu de um post que li recentemente (http://mataharie007.blogspot.com/2011/01/passo-de-caranguejo.html): procurar pelo menos uma obra de cada escritor laureado com um Nobel. É uma premiação muito criticada, e os brasileiros protestam pela ausência de alguém de nossas letras: Jorge Amado ou Carlos Drummond de Andrade são os primeiros nomes que vêm à minha mente. Mas ainda assim é um caminho interessante.

Vou indicar aqui os escritores premiados pela academia sueca e suas obras a que li até o presente momento(em português) disponíveis no mercado:




(2006) Orhan Pamuk: Neve, Istambul, O meu nome é vermelho, O castelo branco.






(1998) José Saramago: O evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a cegueira, História do cerco de Lisboa, A caverna, As intermitências da morte.






(1982) Gabriel García Márquez: Cem anos de solidão.






(1981) Elias Canetti: Massa e poder





(1964) Jean Paul Sartre: A idade da razão







(1957) Albert Camus: O estrangeiro






(1947) André Gide: Os frutos da terra.






(1946) Hermann Hesse: O lobo da estepe.






(1929) Thomas Mann: Doutor Fausto



Adotando-se esta trilha eu tenho muuuuito o que ler. Mas não tem problema não, eu ainda não cheguei aos quarenta e oito e não vou me aposentar nos próximos anos.


O Panótico vê aqui e agora (59)



Desde que Otar partiu...
(2003)

Eka é uma octogenária georgiana, bilíngue (fala francês quotidianamente) e moradora de Tbilisi, ao que parece, cuja arquitetura revelada no filme mais se assemelha a uma decadente cidade caucasiana do século XIX do que a uma decadente cidade do império soviético. Eka sonha diariamente com o retorno do filho Otar, médico que migrou clandestinamente para Paris. Fala do pimpolho cinquentão como se fosse o filho mais grato do mundo, mas espezinha constantemente a filha que está sempre ali ao seu lado, e ainda por cima é ardorosa defensora do ditador georgiano você-sabe-quem. Se você é leitora provavelmente vai admirar a tenacidade da pobre senhora, se é leitor vai querer dar um coque na véia.



A neta Ada (Dinara Drukarova) e a filha Marina (Nino Khomassouridze) são informadas do falecimento de Otar (não tenho como não revelar isto) e as duas não pretendem noticiar este fato à matriarca, com medo de que ela não possa suportar. A atriz que desempenha o papel principal (Esther Gorintin) dá um show, nem parece interpretação, é como se ela realmente assim o fosse, não é uma senhora idosa fazendo um estereótipo, como a personagem de Dúplex, com Ben Stiller.



Meninas e meninos, é bom assisti-lo com um lencinho por perto, derruba qualquer mastodonte e qualquer ninotchka.




Nome aos bois (17)

Nome aos bois (16)