Juiz de Fora

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Dia do Vinil (XXIV)

O Triumvirat foi um grupo de progressivo alemão inspirado no Emerson, Lake & Palmer.
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (323)




Nem vou tomar muito tempo do(a) leitor(a). Só fui assistir este filme por duas razões: o meu encantamento com o 3D e uma colega de trabalho que por duas vezes me jurou de pé junto que "este filme vale a pena". Fui acreditando ser algo comparável aos X-Men. A trama é tão sem-graça que nem me esforcei para compreendê-la. A única "mensagem" relevante do filme é a de que Osama Bin Laden foi uma criação da mídia e do imperialismo estadunidense, nada mais. A melhor atuação é de Ben Kingsley. Robert Downey Jr. só gostei em Chaplin, ele parece estar sempre dizendo: "olhem, fui viciado em heroína, mas sei atuar".

Poupe o seu tempo, haverá muitas outras oportunidades para curtir o cinema 3D. Por ora, estou saciado.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Dia do Vinil (XXIII)

Trans-Europe Express, por Kraftwerk


Dia do Vinil (XXII)

"Autobahn", o primeiro disco fundamental do Kraftwerk.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dia do Vinil (XXI)

Kraftwerk 8 - "Exceller 8"
 

Dia do Vinil (XX)

Joy Division - "Closer"


domingo, 26 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (322)



O reino escondido
(2013)




Um cientista se dedica a provar a existência de um reino de pequenos seres em uma floresta. Por conta disto perdeu o amor da esposa e da filha adolescente. Quando a moça decide sair de casa se vê apanhada ao mundo destes pequeninos e recebe uma missão da rainha Dara, soberana da floresta e dos Homens-Folha, combatidos por inimigos nefandos como insetos, ratos e morcegos que pretendem por um fim ao meio-ambiente.



Dirigido por Chris Wedge (de Era do Gelo), esta belíssima produção, baseado em uma obra de William Joyce (desconheço) tem todos os elementos característicos das boas animações: qualidade gráfica impressionante, tema politicamente correto (sem chatices), emoção e lições de tolerância, respeito, etc. Se não fosse uma cançãozinha típica de americanices (mas é uma só) seria perfeito. Eu também preferiria vê-lo legendado, com as voz de Christoph Waltz, mas isto é comercialmente inviável fora dos EUA.

Esta foi a primeira vez que assisti a um filme 3D, e mudei de opinião sobre isto. Pagando dez reais (meia) pelo ingresso aos domingos, recebemos óculos confortáveis. A qualidade é indiscutível, assim que os coloquei fiquei babando com os trailers de Universidade de Monstros (êeeeeeh!) e Meu malvado favorito 2 (êeeeeeh!). Acho que o 3D não é um problema em si para o cinema, dentro de certos limites. Confesso que a intensidade da experiência distrai em um primeiro momento, e não imagino dramas e filmes sérios nesta tecnologia. Mas quanto a desenhos e blockbusters de aventuras e ficções científicas entendo que não há problema algum. Estou ansioso por novas oportunidades.



Eu deveria parar por aqui, mas o meu blog é o meu desabafo. Havia dois meses que não ia ao cinema, e anos que não ia em horários lotados. Duas jovens senhoras conversaram o tempo todo durante o filme, e a filhinha de uma delas não calava a boca, mesmo com a gente demonstrando contrariedade diante da situação, por diversas vezes. Depois de uns quarenta minutos a mãe disse à pequena: "preste atenção no filme que você entende e pare de fazer tantas perguntas". A menina se calou, mas a mãe passou a narrar todo o filme, antecipando as cenas seguintes, em voz alta, nunca vi tamanha ausência de educação em uma sala de cinema. Após o filme, observei as duas, loiras falsas, turbinadas, peruas, típicas vassourinhas burguesas de shoppings. Eu preciso aprender a rebater estas situações, deveria ser menos contido.



Algumas pessoas merecem umas flechadas.



Dia do Vinil (XIX)

Roxy Music (1972), um clássico do glitter rock que muito influenciou as bandas new romantic.


terça-feira, 21 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (321)


A espiã
(2006)


Rachel Stein (Carice van Houten) é uma judia alemã que vive escondida na Holanda, na residência de uma família cristã. O advogado de seu pai arruma um esquema de fuga para ela e sua próspera família em direção à vizinha Bélgica. Pai, mãe e irmão, juntamente com outras famílias, são massacrados na travessia de um rio por uma patrulha SS. Rachel consegue escapar e junta-se à Resistência Holandesa como Ellis de Vries.


Dirigido pelo holandês Paul Verhoeven (Robocop, Total Recall e Instinto Selvagem), este filme já foi exibido muitas vezes nas tvs pagas, mas eu sempre o pego quase no final. Agora pude vê-lo por completo e conhecer a sua conclusão não me tirou o prazer em vê-lo. O filme tem a celeridade das obras estadunidenses, mas o tema é trabalhado em um nível, digamos, mais inteligente. Fiquei particularmente impressionado com a atuação de Carice van Houten, de quem depois assisti-a em um papel secundário em Repo Men, e também como uma poetisa sul-africana de Borboletas Negras. Acho que ela ainda não foi bem aproveitada pela indústria cinematográfica, falta-lhe novos bons papéis. 

A espiã é um filme de muitas surpresas e tramoias, as pessoas não são preto no branco, e as decisões a tomar não são cristalinas.


É possível que o espectador muito sensível às "mensagens" do cinema se irrite com um certo sionismo, e com a simplificação de que a ira da Resistência contra seus algozes se assemelhe às práticas nazistas. Transpostas estas questões, é um senhor filmaço, não tenho do que me queixar.

O Panótico vê aqui e agora (320)



O lado bom da vida
(2012)


Pat (Bradley Cooper) é um professor substituto de História que acaba de sair em "livramento condicional" do tratamento ambulatorial pelo qual passa após agredir severamente o amante de sua esposa. Pat possui um transtorno psiquiátrico (não definido para o espectador), necessita de medicamentos os quais ele sempre recusa ingerir, têm acessos de raiva e é obstinado por reatar o casamento com sua esposa, Nikki, da qual não pode se aproximar a menos de cento e cinquenta metros. Vive com os pais, mas o seu genitor (Robert De Niro) é um apostador semi-profissional cheio de manias. Os amigos de Pat não têm estabilidade emocional e ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma jovem viúva tida por ninfomaníaca na comunidade.



Queria assistir a esta comédia muito elogiada mas que não vi nos cinemas de Juiz de Fora. O ator Bradley Cooper está muito bem, enriqueceu o seu currículo com uma atuação muito caprichada e convincente como o transtornado Pat. A atriz que faz Tiffany é bem convincente. O tratamento psicoterapêutico dado ao tema parece ser fundamentado, mas a última terça parte do filme é uma decepção: as conversas sobre futebol americano são um porre, como aquele filme brasileiro sobre um casal torcedor de times paulistas; é detestável aquela coisa tipo: "Sim, somos americanos, fazemos o que fazemos, falamos o que falamos"; o foco do filme é muito centrado no sex appeal dos protagonistas; e aquela mensagem do gênero: "o verdadeiro amor cura os loucos" é bem...idiota.

Ah, sim, comédia? Onde? 

domingo, 19 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (319)




Do outro lado
(2007)



Um professor turco, Nejat, leciona alemão em uma universidade alemã, mas decide retornar a Istambul. Lá ele adquire uma livraria especializada em obras alemãs. O livreiro alemão sente saudade de casa e o professor turco está à procura da jovem filha da amante ex-prostituta de seu pai. A protagonista Ayten, filha da ex-garota de programa, é militante de um grupo de extrema-esquerda e foge para a Alemanha com passaporte falso. Mendigando em Hamburgo ganha a simpatia de uma estudante universitária alemã que por ela se apaixona e a sustenta, contrariando a vontade da mãe (Hanna Schygulla). Diversas personagens da trama terão as suas vidas entrecruzadas.





Normalmente tenho evitado filmes turcos, pois eles são muuuuito deprimentes. Não vi este há um ano atrás, na primeira oportunidade mas agora que ele está sendo exibido no I.Sat resolvi assisti-lo. E não me arrependi. Primeiro pelo tratamento inteligente que dá às perspectivais reais de cada um, a combinação de algumas possibilidades e livres decisões que a maioria de nós pode alcançar ao longo da vida. Segundo, porque não há a mitificação de extremistas e nem a demonização do aparelho Judiciário que normalmente se verifica no cinema terceiro-mundista (no latino-americano em especial). O espectador poderá entender como funciona, sinteticamente, a questão do asilo político. Terceiro, porque evidencia os possíveis laços que unem pessoas em contextos diversos. Finalmente, porque Istambul é muito bonita e interessante. Vou ver novamente.





O Panótico vê aqui e agora (318)




30 century man
(2006)


Scott Walker é um cantor estadunidense (n.1943) que fez grande sucesso nos EUA e no Reino Unido no final dos anos sessenta. Tem um senhor vozeirão e era cantor de baladas estilo Jacques Brel, Charles Aznavour, etc., boa parte do que eu chamaria de brega sem dó nem piedade, brega francês, não o brega novaiorquino ou Las Vegas. Mas Scott Walker fez o tipo mítico, o cara bonitão pelo qual as mulheres se desesperavam, mas que aparentemente detestava o sucesso e a música pop, que "nunca encontrava felicidade em nada". Caiu rápido no ostracismo e no esquecimento o que, lógico, só intensificou a sua aura de artista que não se vende e necessita muita introspecção para realizar obras-primas.



Este documentário traz entrevistas com o próprio e uma renca de músicos interessantes que ouviram as suas músicas: David Bowie (produtor executivo do filme), Brian Eno, Damon Albarn, Jarvis Colker, Marc Almond, Johnny Marr, todos abordando algum aspecto relevante da discografia e da personalidade de Scott Walker. Achei o documentário bastante honesto, as entrevistas são lúcidas, não beiram às baboseiras habituais de artistas incensando os colegas para incensarem a si próprios. Tenho quase toda a discografia de Scott Walker e somente gosto para valer do primeiro lp, de 1967. Até entendo as razões estéticas para o que compôs posteriormente, mas os últimos discos são inaudíveis.


Há mais de um ano que tentava ver este documentário, e não é que ele passou ontem e hoje no canal I.Sat? Este canal está me surpreendendo, é melhor do que o Telecine Cult, que já é muito bom, por sinal.

Fique com a minha predileta Montague Terrace.


sábado, 11 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (317)




Anos incríveis
(2011)


"Enquanto estive encarcerado pensei muito nos rumos de minha vida." Jean-Lou esteve encarcerado por trinta e sete. Trinta e sete minutos.

Paris, 1996. Um pequeno bando de zuretas adquire câmeras de vídeo e cria a "TV Pirata", um canal de tv independente e de extrema-esquerda que filma quaisquer passeatas na capital francesa. Um de seus membros é um cinéfilo casado com uma doida-varrida e faz estágio na tv estatal, alvo do grupo, e tenta sabotar uma apresentadora de programa tipo Hebe Camargo.

Anos incríveis é divertido, e os temas principais e secundários são relevantes. É tipicamente francês e tipicamente parisiense. Dá para rir muito. Nota 7,5.




quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Panótico lê aqui e agora (37)

"O beijo de Lamourette" (Robert Darnton)



O Panótico lê aqui e agora (36)

"Getúlio - 1882-1930" (vol.1) de Lira Neto (Cia. das Letras, 630 p., 52 reais)



O Panótico lê aqui e agora (35)

"Borges, uma vida" - Edwin Williamson (Companhia das Letras, 657 p., 68 reais)


O Panótico lê aqui e agora (34)

Cansei de escrever sobre os livros que leio. Gravar vídeos é mais prático e prazeroso.Vou manter a mesma linha: informações gerais, nada acadêmico, e com a preocupação com o esforço físico, psíquico e monetário de quem adquire e lê livros. Este é sobre "Liberdade", do Jonathan Franzen.


My best loved 1973 rock albums (5)



Tubular Bells
(Mike Oldfield)


Em 1973 um filme e uma trilha sonora tiveram grande impacto: O Exorcista (censurado ou mutilado no Brasil pelo governo Médici). Durante os créditos tocava o ínício de Tubular Bells, obra do multinstrumentista (mas principalmente guitarrista) inglês Mike Oldfield, então com dezoito anos. Não pude ver o filme na época e somente conheci o disco no final de 1978 na casa de um amigo mais velho. Achei muito diferente a capa e pedi para ouvir.


Os acordes iniciais são fantásticos e colam na mente de qualquer garoto fã de progressivo. Toda o conceito ao redor, idem. Um álbum totalmente instrumental, cujo compositor é capaz de tocar virtuosamente a guitarra e diversos outros instrumentos, virei fã rapidamente de Mike Oldfield. E fazer isto com dezoito anos, então? Os meus colegas da mesma idade, na maioria, eram uns idiotas. Por volta desta época conheci todos os outros discos de Mike Oldfield, e gostei particularmente de Ommadawn (1974), Hergest Ridge (1975), e Incantations, (1979) já resenhados ao longo do meu blog. Eu associava a música dele com as montanhas e lugares idílicos. Em uma entrevista de 1983 o guitarrista afirmou que o seu maior sonho era ir para algum lugar de Gales e ficar meio isolado. É bem por aí.

Mike Oldfield ainda fez bons trabalhos no início dos oitenta, mas a qualidade foi caindo à medida que passou a incluir mais e mais canções. Depois disto, passou a relançar continuações de Tubular Bells, seu maior sucesso que vendeu mais de vinte milhões de vinis. Ouvi Tubular Bells II e III e parei por aí. São bons, não são apelativos. Como muitos outros músicos que vivem do passado, tudo muito que ele venha a compor novamente algo deste nível algum dia. 

Mas você pode ouvir tudo o que ele fez entre 1973-83 sem medo.





My best loved 1983 rock albums (5)




Speaking in tongues
(Talking Heads)



Speaking in Tongues é o quinto álbum do grupo estadunidense Talking Heads e o último de que gostei. Formado em meados da década de setenta pelo artista plástico David Byrne (voz e guitarra), Jerry Harrison (guitarra e sintetizadores) e pelo casal Tina Weymouth (baixo) e Chris Frantz (bateria), o Talking Heads foi um dos poucos grupos estadunidenses dos anos oitenta de que gostei. Faziam um som considerado meio new wave, meio de vanguarda. Os seus dois melhores álbuns, Fear of Music (1979) e Remain in Light (1980) contaram com a participação de Robert Fripp, Brian Eno e Adrian Belew.






Conheci o Talking Heads em 1982, quando foi lançado em vinil no Brasil o álbum duplo ao vivo The name of this band is... Gostei de quase tudo o que ouvi, e achei interessante a estratégia do grupo em fazer um som alternativo mas sem seguir a tendência britânica de apelar para roupas e caras. Para alguns a banda tinha uma aparência careta, mas o que interessava, assim como hoje, é a música, não o vestuário. O Talking Heads caminhava por se tornar uma banda mainstream,mais somente dois anos depois com o fraco e muito bem-sucedido Little creatures.

As minhas preferidas são: Making Flippy Floppy e Slippery People