Juiz de Fora

domingo, 26 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (322)



O reino escondido
(2013)




Um cientista se dedica a provar a existência de um reino de pequenos seres em uma floresta. Por conta disto perdeu o amor da esposa e da filha adolescente. Quando a moça decide sair de casa se vê apanhada ao mundo destes pequeninos e recebe uma missão da rainha Dara, soberana da floresta e dos Homens-Folha, combatidos por inimigos nefandos como insetos, ratos e morcegos que pretendem por um fim ao meio-ambiente.



Dirigido por Chris Wedge (de Era do Gelo), esta belíssima produção, baseado em uma obra de William Joyce (desconheço) tem todos os elementos característicos das boas animações: qualidade gráfica impressionante, tema politicamente correto (sem chatices), emoção e lições de tolerância, respeito, etc. Se não fosse uma cançãozinha típica de americanices (mas é uma só) seria perfeito. Eu também preferiria vê-lo legendado, com as voz de Christoph Waltz, mas isto é comercialmente inviável fora dos EUA.

Esta foi a primeira vez que assisti a um filme 3D, e mudei de opinião sobre isto. Pagando dez reais (meia) pelo ingresso aos domingos, recebemos óculos confortáveis. A qualidade é indiscutível, assim que os coloquei fiquei babando com os trailers de Universidade de Monstros (êeeeeeh!) e Meu malvado favorito 2 (êeeeeeh!). Acho que o 3D não é um problema em si para o cinema, dentro de certos limites. Confesso que a intensidade da experiência distrai em um primeiro momento, e não imagino dramas e filmes sérios nesta tecnologia. Mas quanto a desenhos e blockbusters de aventuras e ficções científicas entendo que não há problema algum. Estou ansioso por novas oportunidades.



Eu deveria parar por aqui, mas o meu blog é o meu desabafo. Havia dois meses que não ia ao cinema, e anos que não ia em horários lotados. Duas jovens senhoras conversaram o tempo todo durante o filme, e a filhinha de uma delas não calava a boca, mesmo com a gente demonstrando contrariedade diante da situação, por diversas vezes. Depois de uns quarenta minutos a mãe disse à pequena: "preste atenção no filme que você entende e pare de fazer tantas perguntas". A menina se calou, mas a mãe passou a narrar todo o filme, antecipando as cenas seguintes, em voz alta, nunca vi tamanha ausência de educação em uma sala de cinema. Após o filme, observei as duas, loiras falsas, turbinadas, peruas, típicas vassourinhas burguesas de shoppings. Eu preciso aprender a rebater estas situações, deveria ser menos contido.



Algumas pessoas merecem umas flechadas.



2 comentários:

  1. algumas pessoas tem se comportado no cinema como se estivessem na sala da casa delas. imagine se forem a um teatro. eu tenho comprado algumas vezes os ingressos com antecedência. mas tb tenho ido na primeira ou segunda sessão que aí sempre é mais tranquilo e há ingressos. mais tarde nem pensar pq anda tudo muito lotado por aqui tb. eu fiquei curiosa de ver esse filme. acho q 3D depende de quem produz, tem filme q não fica bom. mas se for bem feito é sempre uma ótima experiência. o problema é o valor muito alto dos ingressos para esses filme. aí prefiro gastar no teatro que custa menos. beijos, pedrita

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  2. Aqui em JF a inteira em 3D varia entre 20 e 23 reais, mas eu sei que em SP chega a 65 reais. Eu vejo estes abusos no ótimo site BoicotaSP. São Paulo é mais cara do que Paris, Londres, Nova York, etc...

    Há um diretor de teatro em JF que há décadas pede a atores disfarçados aprontarem um escândalo entre o público quando há conversa. O diretor para o espetáculo, dá um esporro, manda acender as luzes e isto também é feito preventivamente.

    Funciona, rs...

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