Juiz de Fora

terça-feira, 21 de maio de 2013

O Panótico vê aqui e agora (321)


A espiã
(2006)


Rachel Stein (Carice van Houten) é uma judia alemã que vive escondida na Holanda, na residência de uma família cristã. O advogado de seu pai arruma um esquema de fuga para ela e sua próspera família em direção à vizinha Bélgica. Pai, mãe e irmão, juntamente com outras famílias, são massacrados na travessia de um rio por uma patrulha SS. Rachel consegue escapar e junta-se à Resistência Holandesa como Ellis de Vries.


Dirigido pelo holandês Paul Verhoeven (Robocop, Total Recall e Instinto Selvagem), este filme já foi exibido muitas vezes nas tvs pagas, mas eu sempre o pego quase no final. Agora pude vê-lo por completo e conhecer a sua conclusão não me tirou o prazer em vê-lo. O filme tem a celeridade das obras estadunidenses, mas o tema é trabalhado em um nível, digamos, mais inteligente. Fiquei particularmente impressionado com a atuação de Carice van Houten, de quem depois assisti-a em um papel secundário em Repo Men, e também como uma poetisa sul-africana de Borboletas Negras. Acho que ela ainda não foi bem aproveitada pela indústria cinematográfica, falta-lhe novos bons papéis. 

A espiã é um filme de muitas surpresas e tramoias, as pessoas não são preto no branco, e as decisões a tomar não são cristalinas.


É possível que o espectador muito sensível às "mensagens" do cinema se irrite com um certo sionismo, e com a simplificação de que a ira da Resistência contra seus algozes se assemelhe às práticas nazistas. Transpostas estas questões, é um senhor filmaço, não tenho do que me queixar.

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