Juiz de Fora

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A morte de um samurai (427)


Hara-kiri: a morte de um samurai.
(2011)



Japão feudal, séc.XVII. Um ronin (ex-samurai que está desempregado e vive de banditismo, atuação mercenária ou simples mendicância) vai até o castelo de um senhor feudal que se encontra ausente e pede ao seu chefe militar que autorize praticar seppuku (ou hara-kiri, não sei se há diferença de conteúdo) no pátio da fortificação. O chefe confabula com o seus imediatos e decide demover o ronin de seus propósitos. Para isto narra a história recente de outro ronin que fez a mesma solicitação apenas como chantagem emocional para arrancar uns trocados.

Os filmes do japonês Takeshi Miike exigem estômago. Já foi comparado com Tarantino pela violência extrema,mas em Tarantino há uma certa caricatura, aqui não, é dramaticidade intensa. A fotografia do filme é belíssima, os cenários nos reportam com fidedignidade ao mundo do Japão "medieval". Os temas aqui são os códigos de honra em um mundo de privações. Gostei muito. No Netflix.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Os 8 odiados (426)


Os 8 odiados
(2015)

Wyoming, por volta de 1870. Dois caçadores de recompensas (Kurt Russell e Samuel Jackson) se encontram em uma baita nevasca a caminho de Red Rock, a capital daquele estado. John Ruth (Kurt Russell) leva a condenada por homicídio Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh) para ser enforcada em troca de uma recompensa de dez mil dólares, ao mesmo tempo em que o ex-escravo e ianque Major Marquis Warren leva alguns condenados, mas estes já devidamente mortos. Ruth prefere arriscar entregando os criminosos ainda vivos, pois gosta de ver a sua execução. Ao longo do caminho topam com um ex-bandido e confederado racista que alega ser o próximo xerife de Red Rock. Com a tempestade de neve se agravando eles resolvem dar uma parada em uma estalagem conhecida de ambos, mas não encontram os proprietários que foram viajar. Lá estavam, no entanto, quatro homens com diferentes histórias e motivos (um carrasco, um general confederado, um empregado mexicano e um errante).

Este filme não é tão empolgante quanto Bastardos Inglórios ou Django Livre, mas ainda assim vale as três horas de projeção. Destaca-se a excelente interpretação do londrino Tim Roth, como Oswaldo Mobray, o carrasco inglês, e o fato de que a violência em cadeia dos filmes de Tarantino somente se inicia na segunda metade do filme, mantendo uma boa tensão desde o início. Talvez Tarantino tenha errado em novamente fazer um faroeste com a tônica do racismo para todos os lados. Não vi razão para o título. É um ótimo suspense.

Assisti em um shopping local, com grande lotação, muitos jovens ligando constantemente o celular e um frio danado devido ao ar-condicionado com temperatura mais baixa do que o razoável.(meia: R$9,50)