Juiz de Fora

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O Panótico lê aqui e agora (26)


As esganadas
(Jô Soares/2011)

Rio de Janeiro, 1938, Estado Novo. Caronte é filho de um proprietário de uma funerária e de uma senhora muito obesa e gourmet. Caronte quer ser músico, mas sua mãe o impede. A matrona também impede o filho de provar das guloseimas a que ela se dedica a fazer, diariamente. Caronte odeia e mata a genitora, e tem um orgasmo. Caronte é um serial killer dedicado a assassinar mulheres obesas enquanto as faz provar as receitas de sua mãe.


Este romance policial de Jô Soares combina séria pesquisa histórica com personagens reais (brasileiros e estrangeiros) e fictícios, está na linha das obras anteriores de seu autor. Este é o quarto livro de Jô Soares que leio, e isto se deve ao fato de que eu gostei bastante de O homem que matou Vargas. Particularmente, acho Jô Soares um cara meio mala, com um humor bobo, americanizado, meio cópia de apresentadores medíocres e irritantes como David Letterman e Ellen de Generes, que fazem força para serem ainda mais banais. As obras de Jô Soares, por óbvio, tem um pouco da futilidade de seu escritor, um humor meio fã de fofoquinhas, uma coisa meio frutriqueira.

Mas o homem é bem assessorado por historiadores, e sabe escrever bem em uma prosa leve, é leitura para ser consumida em algumas horas, uma boa opção para quem vai para a praia.


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