Juiz de Fora

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Profissionalismo



Ontem o meu carro deu de não destravar a porta do motorista e eu passei pela desagradável experiência de ter que sair pela porta do carona, coisa que eu nunca vi em automóveis. Hoje, após o almoço, levei o carro até à oficina que instalou a trava eletrica há dois anos atrás. Lá deixei o carro às 13 h e 40 min. O rapaz responsável perguntou-me:

- Você quer o carro para agora? Eu preciso mexer no motor da trava.
- Não, você pode me entregar no fim da tarde, sem problemas.
- Que horas? Às quatro e meia está bom para você?
- Pode ser inclusive mais tarde, eu não preciso dele hoje. Você fecha a que horas?
- Por volta das sete da noite.
- Às cinco e meia está ok?
- Está ótimo, pode buscar às cinco e meia.

Fui para o centro cuidar de outros assuntos, e no caminho de volta passei às quatro e meia na oficina, para ver como iam as coisas, lá havia mais dois carros, e o mecânico de papo com duas loiras. Ele, vendo-me, disse:

- Cara, ainda não tive tempo de consertar o seu carro. Às cinco e meia eu te ligo.

Como não compensava para mim ir para casa, entrei em uma lan house e lá passei uma hora.

Retornei à oficina, e o sujeito ainda consertava os carros que haviam chegado após o meu.

- Cara, volta às sete, que eu te entrego sem falta.

Fui à uma pizzaria, comi um brotinho vegetariano e fiquei vendo tv para dar um tempo.

Retornei às sete e o mecânico nem sequer estava lá.

Um cliente me disse:

- Ele deu uma saidinha e me deixou tomando conta da oficina. Acho que ele não pegou o seu carro, não, pois o meu ainda está pela metade. Ele foi levar a mãe do outro cliente em casa.

Aguardei mais vinte minutos e o mecânico, todo alegre, deu as caras:

- Cara, volta amanhã, hoje eu não tive tempo de nada. É muita correria.

...............

Vou voltar, sim...

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