Rio
(2011)
Ontem eu e minha namorada fomos assistir Rio, nas salas de cinema que ficam ao final de minha rua. Cinema como forma de esquecer os aborrecimentos e contrariedades da vida é o que há, são cem minutos em que podemos nos desligar e só curtir. Mesmo sabendo que se trata de uma obra de Carlos Saldanha (A era do gelo), o tema em si - a cidade do Rio - não me atrai muito. Explico-me: o Rio é muito bonito (parte dele), e eu moraria lá numa boa se não fosse a violência e o calor que efetivamente é equatorial. Mas como símbolo mor do Brasil esta coisa sol-sul-sal-céu, etc. é um pé no saco. Anos e anos de Plim-Plim e "cidade maravilhosa", idem. E Sérgio Mendes, putz, que mala, que cara mais ...Los Angeles.
Mas, lógico, a trama é sempre politicamente correta, o Bem vence o Mal, a natureza e os valores vencem o lucro, e as personagens são simpáticas, divertidas, com piadinhas contemporâneas, é mais para adulto do que para crianças, enfim, não há como não gostar. As animações em Santa Tereza e Lapa são o ponto alto do desenho, gráficos impecáveis, ponto alto da inteligência desta criação.
Eu imaginava que Carlos Saldanha poderia evitar, ou pelo menos reduzir, os americanismos inevitáveis, tais como: a censura ao vestuário feminino na praia e no carnaval e os muitos sambinhas filtrados de Sérgio Mendes. Mas, santa ingenuidade, cinema é lucro, e a família caipira estadunidense meio-oeste fundamentalista lá irá com seus bonequinhos do McDonalds. Pô, mas Sérgio Mendes, que mala, que cara mais....
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