Juiz de Fora

sábado, 28 de maio de 2011

O Panótico vê aqui e agora (112)


Ovsyanki
(2010)



"Se a sua alma dói você deve escrever sobre as coisas a seu redor". Aist tem quarenta anos, pertence à etnia merja, com origem na Finlândia, e vive na Rússia. Simultaneamente em que fotografa várias colegas de fábrica, é chamado pelo colega Miron a realizar os funerais de Tanya, esposa deste. Ambos fazem uma viagem em direção ao rio Neya, próximo ao Volga.

Filme melancólico sobre a perda. Sem título em português, Silent Souls foi dirigido por Alexei Fedorchenko.


Mas não me comoveu. A abordagem: "o capitalimo destruiu nossa etnia" é um tema recorrente dos filmes. A manutenção dos funerais de cremação e a exaltação do rio como razão e fonte da vida pode tocar aos mais sensíveis, somada à paisagem russa de meia-estação. Mas o padrão "nós não temos pressa em narrar" do cinema eslavo não colabora. A total falta de carisma das personagens e atores, menos ainda. Eu penso que o antídoto contra o cinema fast-food não deva ser a produção de uma estética que cobra do espectador um grau acentuado de sensibilidade.




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