Juiz de Fora

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Panótico vê aqui e agora (114)


Harjunpää
(2010)



Timo Harjunpää é um inspetor de polícia civil em Helsinki (mais um filme finlandês), casado, honesto, e pai de duas filhas. A mais velha vai a um show de rock, sozinha, e seu pai vai buscá-la logo após. Mas não a encontra. Não é difícil adivinhar o que aconteceu. O homicida é preso, sentenciado e cumpre pena privativa de liberdade. Mas Harjunpää aguardará a sua liberdade condicional.




Paralelamente, um jovem muito arisco fotografa o cotidiano de Harjunpää simultaneamente em que comete alguns homicídios sem aparente conexão.


 
Em 1974 eu vi um videoclip do Abba (Mamma Mia) e alguns anos depois um documentário sobre a Suécia que encheu as minhas primeiras fantasias de sociedades ideais. A partir daí o norte da Europa sempre me despertou interesse. Acho que é por isto, em parte, que qualquer filme daqueles lados me atrai.
Harjunpää é semelhante a centenas de filmes sobre vingança e justiça, sobre a diferença entre o exercício arbitrário das próprias razões e entre a plenitude de defesa, o contraditório e o devido processo legal que são garantias inafastáveis de um Estado democrático de direito, da diferença entre civilização e bárbárie, da diferença entre nós e eles, os monstros. Você torce para que o protagonista vingue a morte gratuita da filha, mas há fortes razões para não fazê-lo. Harjunpää é de narrativa estadunidense, mas não chega a ser um blockbuster. Gosto muito também da paisagem urbana finlandesa, suas avenidas largas, seus espaços distantes.

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