Juiz de Fora

sábado, 7 de maio de 2011

O Panótico vê aqui e agora (104)

Os cinco obstáculos
(2003)

Lars von Trier é um diretor genial. Os críticos acham. Os cinéfilos acham. As pessoas que trabalham em locadoras e seus clientes acham. Até o próprio Lars von Trier também acha, e "o maior diretor de cinema do mundo", nas suas próprias palavras, só isso. Então, como muitas vezes acontece de que eu não alcance a sabedoria alheia resolvi me dar uma terceira chance de assisti-lo. O menino prodígio da Dinamarca propõe ao seu conterrâneo também diretor de cinema Jorgen Leth refilmar "O homem perfeito" (1967), por cinco vezes, com no máximo doze quadros, cada uma delas com um obstáculo diferente, em uma conversa na qual comem caviar: em Cuba mas sem mostrar a paisagem, Jorgen Leth no papel título, no distrito vermelho de Bombay, como um desenho animado... E tudo isto porque Lars von Trier quer abalar a estabilidade emocional de seu amigo e mentor cobaia Jorgen Leth. Mas Leth é decidido, e diz que pode interpretar o homem perfeito sob quaisquer condições porque "eu sou genial" (assim, aos vinte quatro minutos de filme). Realmente, é tudo tão... genial.



Das noções banais que as pessoas levam da adolescência para a vida adulta, o mito da perfeição combinada à genialidade é a que mais gerou fascínoras. Lars von Trier, "não me faz te pegar nojo".

Um comentário:

  1. eu gosto muito do lars von trier, mas esse eu não vi. beijos, pedrita

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