Juiz de Fora

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Panótico vê aqui e agora (32)

Polícia, adjetivo.
(2006)





Este é o primeiro filme romeno a que assisto. A Romênia foi a antiga província romana da Dácia, conquistada pelo imperador Adriano. O idioma romeno é latino, assim como o português, o italiano, o espanhol e o francês. Os vocábulos assemelham-se muito com o português e o italiano, mas a entonação, o timbre, a forma de expressar é bem próxima das línguas eslavas, do russo em particular. Após a queda do famigerado Nicolau Ceausescu (1967-89), o estalinista ditador, a Romênia pôde se ocidentalizar, mas as construções coletivas típicas do leste europeu são vistas pelas ruas de uma pequena cidade onde o filme é locado.




O protagonista Christi é um jovem investigador de polícia incumbido de lidar com o tráfico de haxixe em determinado bairro. As investigações não rendem grande coisa, e as autoridades querem prender um estudante para servir de exemplo e mostrar serviço. Christi é contrário, por entender que na Europa ninguém reprime mais o simples consumo. A maior parte do filme são lentas, burocráticas e monótonas diligências. O interessante são as ruas da pequena localidade, lembra muito as cidades altiplanas de Minas e Rio de Janeiro. O trabalho policial não tem nada da garra dos típicos filmes do gênero. O ponto alto do filme é uma descompostura do chefe de polícia em cima do renitente Christi, sobre o que é lei moral e lei positiva. Vale a pena assisti-lo? Não perde e não ganha. Premiado em Cannes.



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