Juiz de Fora

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Filmes (41)

Paris, Texas
(1984)



Paris, Texas foi um filme que granjeou antipatias e babação de ovo na mesma proporção no seu ano de lançamento. O nome incomum irritava o espectador, por ser evidente que as pessoas, a princípio, não tem como adivinhar que realmente exista uma cidade com o nome da capital francesa em pleno oeste estadunidense. Dizer-se que gostava deste filme foi, em certos meios, um passaporte para alertar o ouvinte de que se é um cinéfilo, algo semelhante a quem diz que gosta de Berlin Alexanderplatz ou dos filmes de Tarkhovsky. Mas, deixando de lado a afetação própria do métier, o que há no filme para ser levado em conta?



Pode-se gostar, ou não, de Paris, Texas, por pelo menos quatro motivos: Nastassja Kinski, as construções de Houston, a trilha de Ry Cooder e a fotografia. De minha parte aprovo as quatro razões, e não posso esquecer de mencionar a direção de Wim Wenders.



Mas, cumpadi, dizer que Harry Dean Stanton é extra-cool, como fazia Pepe Escobar, é ovo demais para muitos omeletes. O cara não move um músculo da face, é um caipira bisonho no meio desta estória.


Um marido e pai (Stanton) juntamente com o seu filho menor, depois de pirar um bom tempo, sai em busca da esposa perdida (Kinski) que acaba trabalhando como stripper em Houston (esta, sabe-se que fica no Texas). Este tema reaparece com mais consistência na obra O dia do Curinga (1990) do filósofo Jostein Gaarder.





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