No progresso da divisão do trabalho, o emprego da maioria dos que vivem do trabalho, ou seja, a grande massa da população, fica confinado a algumas poucas operações simples, frequentemente uma ou duas. Mas o intelecto da maior parte dos homens é necessariamente formado por meio de seu emprego comum. O homem cuja vida se consome na execução de poucas operações simples, cujos efeitos também são talvez quase sempre os mesmos, não tem a chance de exercer o seu intelecto ou exercitar sua inventividade na descoberta de expedientes para remover dificuldades que nunca ocorrem. Ele naturalmente perde, portanto, o hábito de tal exercício, e em geral se torna tão obtuso e ignorante quanto uma criatura humana pode se tornar.
(Adam Smith, 1776)
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