Há uns vinte e cinco anos atrás um conhecido meu - funcionário do Banco do Brasil - aposentou-se pela lei previdenciária da época, com trinta anos de serviço, aos quarenta e oito anos de idade. Perguntei-lhe o que pretendia fazer agora que teria um bom tempo livre: "Ler todos os clássicos da literatura universal". Este diálogo me remete às coleções homônimas, com obras que não pagam mais direitos autorais por terem sido publicadas há mais de setenta anos, o que torna o custo de sua aquisição especialmente atraente.Tenho duas delas, parcialmente, e nada do que li foi perda de tempo. Mas mantive a curiosidade de qual seria um guia de esquadrinhamento idôneo para que você possa ler o que há de melhor na criação literária já que o tempo de uma vida é curto demais para se ler todos os clássicos da literatura universal. Uma sugestão partiu de um post que li recentemente (http://mataharie007.blogspot.com/2011/01/passo-de-caranguejo.html): procurar pelo menos uma obra de cada escritor laureado com um Nobel. É uma premiação muito criticada, e os brasileiros protestam pela ausência de alguém de nossas letras: Jorge Amado ou Carlos Drummond de Andrade são os primeiros nomes que vêm à minha mente. Mas ainda assim é um caminho interessante.
Vou indicar aqui os escritores premiados pela academia sueca e suas obras a que li até o presente momento(em português) disponíveis no mercado:
(2006) Orhan Pamuk: Neve, Istambul, O meu nome é vermelho, O castelo branco.
(1998) José Saramago: O evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a cegueira, História do cerco de Lisboa, A caverna, As intermitências da morte.
(1982) Gabriel García Márquez: Cem anos de solidão.
(1981) Elias Canetti: Massa e poder
(1964) Jean Paul Sartre: A idade da razão
(1957) Albert Camus: O estrangeiro
(1947) André Gide: Os frutos da terra.
(1946) Hermann Hesse: O lobo da estepe.
(1929) Thomas Mann: Doutor Fausto
Adotando-se esta trilha eu tenho muuuuito o que ler. Mas não tem problema não, eu ainda não cheguei aos quarenta e oito e não vou me aposentar nos próximos anos.
minha irmã q decidiu ler ao menos um livro de um autor nobel e eu fui em seguida. não é regra, pq não leio só isso, pq concordo q nem tds tenham realmente mérito, mas dizer isso sem ler me pareceu leviano. é só uma das listas q uso com base para comprar e ler os livros e concordo, livros mais antigos são bem mais em conta em sebos. eu amo neve do pamuk e outro dele q li. istambul está na minha lista. acho q o pedro nava merecia nobel. e o mais recente o milton hatoun. do saramago esse não é o meu preferido, amo ensaio sobre a cegueira embora seja muito indigesto. o meu preferido do garcía marquez é amor nos tempos do cólera. vou continuar em outro post pq pode não carber hehe
ResponderExcluireu li um do sartre, preciso ir na minha lista pra lembrar qual. nunca li nada de elias canetti. o meu preferido de camus é a peste. estou com a queda aqui pra ser lido. thomas mann é um dos meus autores preferidos, amo a montanha mágica, mas dr. fausto é igualmetne magnífico. vou ler outros dos seus posts. eu tenho possibilidade de ser seguida, é q como seguir é o q mesmo ligo em blogs, qd comecei com blog isso nem existia, q priorizo a lista dos blogs favoritos. os seguidos está bem abaixo.
ResponderExcluirPedrita, seja bem-vinda e obrigado por comentar. Eu concordo com você integralmente, achei a ideia boa. Gostei muito de Pamuk e ele lembra-me um pouco a melancolia de Saramago. Doutor Fausto de Thomas Mann exigiu de mim uma certa disciplina, por suas descrições prolongadas. O ensaio sobre a cegueira é um "teste" sobre a possibilidade real do socialismo, pois esta é uma preocupação constante de Saramago, um comunista de longa data. Parabéns pelo bom gosto literário e é uma honra ter você por aqui como seguidora. Alguns destes livros eu fiz comentários nos posts anteriores de "Livros". Eu dei um cochilo ao não ver a lista de seguidores do seu blog e a encontrei logo após o meu comentário ser colocado à vista. Perdoe-me o fora., rs...
ResponderExcluirUma abraço.