Juiz de Fora

terça-feira, 27 de março de 2012

O Panótico vê aqui e agora (230)


O palhaço
(2011)



Um dos piores filmes a que tentei assistir foi um tal de Bom dia, Vietnã, com Robin Willians. Tratava-se de um suposto radialista e combatente no Vietnã que teria sido institucionalmente censurado por ser muito engraçado (!). Quando o bendito pôde assumir o seu programa começa a fazer um monte de piadinhas tolas e idiotas e o filme mostra seguidas cenas de soldados que aparentemente estavam morrendo de rir. Era o filme tentando convencer a mim, a você, espectador, de que somente nós não víamos graça na coisa. A culpa, supostamente, era sua, seu mal-humorado.

Somente vi este filme brasileiro por duas razões: Selton Mello e a unanimidade da crítica, escolhido como foi para melhor filme brasileiro do ano passado. Não gosto de palhaços, de circos, e deste fingimento todo de que artistas e intelectuais amam as manifestações populares e folclóricas. Mentira, este povo todo gosta mesmo é de um dinheirinho fácil do governo.

A estória começa mostrando trabalhadores rurais (mais uma vez!) enquanto o circo chega na cidade (que original!). Em seguida, Selton Mello e o muito sem-graça Paulo José fazem péssimas piadinhas de palhaços no circo e o filme alterna flashes do público adorando tanta falta de humor. Direitinho como os filmes dos Trapalhões, aquele monte de bobagem. Para ganhar um pouco de atenção de quem pagou para ver este filme, vem uma dançarina voluptuosa  e eu parei por aí.

Realmente deve haver algum interesse mútuo entre o cinema brasileiro e a crítica especializada. Eu acho que o consumidor regular de cinema brasileiro tem esta cara:



 

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