Juiz de Fora

sábado, 3 de março de 2012

O Panótico vê aqui e agora (219)



Cavalo de Guerra
(2011)


Spielberg é um diretor que admiro. Dos vinte e um filmes por ele dirigidos que cheguei a assistir, gostei de dezoito. É uma senhora marca. O resgate do soldado Ryan é o melhor filme de guerra de todos os tempos na minha opinião não-cinéfila. Acho que ele tem uma dimensão exata do seu papel na indústria cinematográfica, não vai ficar para a história como um Kurosawa ou Bergman, mas mesmo sendo um diretor mainstream faz um cinema inteligente, que tem o seu lugar. Dito isto não sou dos que acham que basta dizer o seu nome que se trata, como pré-julgamento, de um filme ruim ou bom. Intuitivamente, e após a leitura de algumas resenhas, previ que não me afeiçoaria a esta obra. E as razões se revelaram cedo: uma caricatura da Inglaterra e dos ingleses de cem anos atrás, e uma sensação de déja vu, com este personagem clean and soft, o adolescente bonzinho e esforçado, bom filho e gentil, que acredita no amor do homem pelo companheiro animal. Com exceção da bela fotografia, é um filme que não despertou o meu interesse, e dormi no meio do filme após um dia em que acordei bem cedo e foi bem estressante. Mas isto não é desculpa, quando o filme me atrai eu varo a madrugada. É uma pena, pois Spielberg é meio injustiçado pela crítica: se faz um filmaço, parece não ter cumprido mais do que a sua obrigação, se não faz, é a hora de muitos o tacharem de meloso. Eu aguardarei o próximo, mas realmente este cavalo comeu muitos cubos de açúcar.


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