Juiz de Fora

quarta-feira, 28 de março de 2012

New and notable (17)



Roses
(The Cranberries/2012)





Em 1994 eu adquiri o primeiro cd do Cranberries, Everybody is doing else, why can't we? confiando na minha intuição. Àquela altura as gravadoras finalmente tinham aprendido o que lançar do rock britânico aqui no Brasil. A capa dava a entender que era uma banda que tinha o que mostrar. Gostei do cd logo de cara, ouvi-o à exaustão, era impossível não gostar do clássico Linger e imediatamente adquiri o segundo álbum, No need to argue, com o seu mega sucesso Zombie, e os irlandesdes entraram no cenário pela porta da frente. Também ouvi à exaustão este segundo cd, que achei tão bom quanto o primeiro. O terceiro cd, To the faithful departed (1996) foi muito bom, e o seguintes, Bury the hatchett (1999) e Wake up and smell the coffee (2001),  também. Mas quando adquiri o dvd da banda, Beneath the skin (2002), vi que estava saturado de tanto Cranberries. Eu e o mundo pelo visto, pois a banda ficou dez anos sem fazer nada.

Este sexto cd, Roses, não podia mesmo ser ruim. Não apresenta nada de original, apenas uma boa dúzia de boas e ótimas canções pop, com a batida típica do rock inglês meio oitenta, meio noventa e a poderosa voz de Dolores O'Riordan. Que falta me fazem bandinhas como esta. Alguns cds assim por ano eu e eu parava de tanto reclamar da mediocridade do rock inglês atual (e se eu digo do inglês é porque dos outros países eu não espero mais nada, com exceção de alguma surpresa escandinava). Fazer música pop parece algo fácil, mas cada vez menos há bandas com capacidade para tal. Estes retornos de bandas veteranas devem continuar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário