Juiz de Fora

segunda-feira, 5 de março de 2012

My best loved 1972 rock albums (3)



The rise and fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars
(David Bowie)




Independentemente do que se possa pensar sobre as camaleonices de David Bowie, ame-o ou ignore-o, há uma duzia de discos muito bons do cantor inglês. Ziggy Stardust é o seu primeiro álbum de peso, embore eu goste também dos anteriores The man who sold the world (1970) e Hunky Dory (1971).




Seja coincidência, ou uma influência direta do rock progressivo, este é um disco temático. O tema em si não me impressionou, nem na adolescência, um ser extraterrestre que vem para a Terra querendo se tornar famoso por cinco anos (mais tarde Bowie interpretaria um marciano que veio para roubar a água da Terra, em O homem que caiu na Terra).



Five Years introduz lentamente a sina do (da?) hedonista Ziggy. Soul Love começa com uma canção black mas já tem um pique roqueiro de guitarra (Mick Ronson, figura importante neste álbum). Moonage Daydream é um dos marcos do disco, minha segunda favorita, e eu gosto bem do clima atmosférico e dos vocais de Bowie.  Starman é uma faixa de trabalho, bem para rádio, e ganhou um cover de um grupo brasileiro no final dos anos oitenta, Nenhum de Nós (quando eu exibia a original tinha sempre alguém que perguntava: ué, Bowie copiou a Astronauta de Mármore?!). Hang on to yourself era utilizada como introdução na turnê de Bowie (que ele afirmou que seria a última de sua vida). Ziggy Stardust é uma das melhores canções de Bowie, pode tocar qualquer hora que ouço com grande prazer, e ganhou uma versão histórica dos fantásticos Bauhaus. Rock and roll suicide é a conclusão da decadência de Ziggy, morto(a) por excesso de prazeres. Estrelismo, escapismo, androginia, marcas registradas de Bowie.




Bowie deu ao mundo os new romantics dos anos oitenta.








Nenhum comentário:

Postar um comentário