Contágio
(2011)
Filmes catástrofes não são do meu gosto. Na infância foi divertido assisti-los: Aeroporto, Inferno na Torre, Terremoto, etc. Mas há muito tempo que está claro que estas superproduções intensificam o medo e o consumo. Comecei vendo este Contágio mais por curiosidade: de cara lembrou-me Epidemia, e aí pensei: bom, agora Matt Damon (ou Kate Winslet) vai nos salvar por seus dons naturais, sua abnegação e/ou seu gênio científico, cumprindo a sina dos heróis desde as tragédias gregas. Mas... Matt Damon é um pai comum e impotente para salvar a filha após a morte de seu filho caçula e de sua esposa infiel (Gwyneth Paltrow), a médica Kate Winslet também fica doente (encefalite fatal em alguns dias), mas ainda restam Jude Law (um blogueiro sensacionalista), Lawrence Fishburne (um agente político) e Marion Cotillard (uma médica da OMS), cada um à sua maneira buscando uma solução e/ou algum interesse.
O filme não tem um desenvolvimento linear de blockbusters, não chega a ter grandes lances emocionantes, há momentos em que todos estão meio que desorientados. Mais do que a discussão científica, o foco está na reação social e econômica diante da epidemia.
As locações nos EUA, na China e em diversas cidades são muito bonitas, a fotografia é bela. Também gostei de ver Jude Law como um cara feioso, calvície acentuda, espinhas e falha dentária. Talento é isto aí.
A direção é de Steve Sodebergh, um cineasta irregular, de que apenas me recordo de Sexo, mentiras e videotape e da boa versão mainstream do clássico Solaris, de Tarkóvski. A trilha sonora à la Tangerine Dream vale a pena ter em casa.
A explicação final vale por todas as próximas epidemias, é o ponto alto do filme.
eu gosto muito do elenco, mas tenho uma certa preguiça de ver esse filme. acho q depois do seu post vou tentar colocar na fila. beijos, pedrita
ResponderExcluirNão perde muito se não vê-lo. Você tem razão, há outros mais interessantes.
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