Juiz de Fora

domingo, 12 de agosto de 2012

O Panótico vê aqui e agora (266)



Eterno amor
(2004)


França, frente ocidental, 1917. Cinco soldados franceses são condenados à morte por covardia (provocaram autolesões para obter dispensa de combate). O nome e o modo como cada um atinge o seu objetivo é demonstrado e narrado pelo locutor do filme. Um oficial encarregado de comandar as execuções se recusa a fazê-lo, acha a punição branda e obriga os condenados a atacarem a linha inimiga alemã numa missão suicida.



Três anos depois, Mathilde (Audrey Tatou) não tendo notícias de seu amado Menach inicia uma peregrinação em busca de informações, por não acreditar na morte do namorado.


Eu assisti a este filme sem lembrar do motivo por que o escolhi. Eterno amor é um título bem xarope, mesmo sabendo que isto é obra da distribuidora nacional. A narrativa do filme, no estilo: "no dia tal, fulano de tal escreveu uma carta para pessoa de tal, e fulano gosta de coçar o pé enquanto toma chá" e a presença de Audrey Tatou me fizeram lembrar imediatmente de Amélie Poulain, e não é que é obra do mesmo diretor (Jean-Pierre Jeunet)?

A fotografia é excelente, há imagens de grande qualidade, e o tom sépia do filme tem a ver com a fotografia de um século atrás. O tema pode não empolgar para quem não se emociona com esta coisa a força de uma paixão, mas há uma contextualização política e um clima de suspense que entretém aqueles que, como eu, não sentem muita comiseração por jovens meio mimadas cujo universo e maior horizonte é o casamento.




Também penso que cento e sessenta minutos é muito para concluir a trama.

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