Juiz de Fora

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Panótico vê aqui e agora (256)



O cachorro
(2004)


Juan "Coco" Villegas é um mecânico argentino (de uma província próxima à Patagônia) que trabalhou vinte anos como frentista em um posto de gasolina, mas foi demitido quando o estabelecimento mudou de dono. Faz um bico como artesão de facas, mas isto não dá em nada. Mora de favor com a filha que tem um marido desempregado e três filhos e sabe que é um aborrecimento para ela.




Villegas é uma pessoa simples, de boa fé, daquelas que agradecem com um sorriso autêntico, pedem licença para entrar na casa alheia e perguntam se não vão incomodar. Mostra com alegria o seu trabalho, nao fica magoado quando dizem não e não quer passar a perna em ninguém. Não é o herói proletário e nem o feio, sujo e malvado. Procurando emprego nos postos de gasolina das rodovias resolve ajudar uma mulher cujo carro deu pane. Reboca o carro dela até sua residência rural, muito longe dali, na esperança de obter alguma remuneração pelo serviço de soldador dos cabos do automóvel, e também fazer um favor e matar o tempo. Ganha um café da tarde, umas geleias e um dog alemão, do falecido pai francês da moça, cão de raça com certificados e tudo. Leva o animal, Le chien, para casa, e sua filha não quer saber dele. Enquanto não sabe o que fazer com o cachorro, vai a um banco descontar um cheque e o gerente da agência se encanta com o dog, indicando em seguida a Villegas o nome de um tratador especializado.



A partir daí eu fiquei ansioso pelo destino do pobre Villegas, pois o tratador de apelido Gordo, apesar de conhecer bem a espécie, fica o tempo todo falando em prêmios, viagens a Miami, milhões, etc. Em função de Bombón (o verdadeiro nome do cão) Villegas conhece outro universo e muitas pessoas mais espertas do que ele. Não há como não torcer pelo mecânico e seu cão.

Este é o segundo filme que assisto de Carlos Sorin, diretor de A janela, já resenhado aqui. Mais uma vez me felicito com a qualidade do cinema argentino. Vou tentar assistir outros do mesmo diretor.


2 comentários:

  1. eu raramente vejo filmes com animais com medo do q possa acontecer. beijos, pedrita

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  2. he he. Eu adoro filme com bichos. Pode ver que ele não sofre, rs...

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