Juiz de Fora

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Panótico vê aqui e agora (251)


OSS 117 Rio não responde mais
(2009)


OSS 117 é um agente secreto francês que vai ao Rio adquirir uma lista, de um ex-oficial nazista, com o nome dos colaboradores franceses à ocupação alemã durante a segunda guerra. OSS 117 é um agente trapalhão (tipo o agente 86), mulherengo, e muito preconceituoso, disparando o tempo todo contra mulheres, judeus, chineses, etc.



Dirigido por Michel Hazanavicious e estrelado por Jean Dujardin, eu não teria conhecido este filme, - na verdade uma sequência de OSS 117 Cairo: nest of spies (2006),- se não fosse o sucesso de O artista. Li nos blogs sobre Paris que OSS 117 fez grande sucesso na França. É uma paródia muito bem feita dos filmes de 007. Passado em 1967, em boa parte no Rio de Janeiro, há uma combinação de reconstituição histórica fiel com bobagens típicas. Assin, há carros reais que circulavam no Brasil, como fuscas e aerowillys, com carros americanos jamais vendidos aqui, mulheres retas e peitudas como as estadunidenses, biquinis mais parecidos com fraldas, música mais caribenha do que carnavalesca, a coadjuvante Carlota é chamada de Carlotá, dado que os franceses põem a tônica na última sílaba, e todo mundo no Rio sabe falar francês, assim como todos falam inglês em qualquer lugar que se vá nos congêneros de 007.



Ao contrário do que imaginava, realmente houve, na literatura e no cinema, uma série OSS 117, com dezenas de obras sobre um agente secreto estadunidense de ascendência francesa, escrita por Jean Bruce no final da década de quarenta e antecipando-se ao 007 de Ian Fleming.
Como filme, no entanto, é apenas uma comédia divertida, não tem a mesma qualidade de O artista.


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