Juiz de Fora

terça-feira, 8 de maio de 2012

O Panótico vê aqui e agora (244)


Os românticos anônimos
(2010)




Véronique Delange é uma moça tímida, que participa de um grupo de "emotivos anônimos". Apaixonada por chocolate, a jovem tem talento para chocolateira mas não consegue lidar com a notoriedade do próprio talento. É contratada por um chocolatier e passa a trabalhar anonimamente. Após o falecimento de seu patrão, obtém uma vaga em uma chocolaterie em estado pré-falimentar. O seu novo chefe, Jean-René, faz terapia e apresenta características semelhantes as de Véronique.




Este é mais um filme que se inspira em filmes inocentes do cinema estadunidense e francês dos anos sessenta, digo, do cinema romântico, pois esta década foi bem explosiva. Dado que a timidez hoje em dia é considerada pela moral sexista como quase patológica, as duas personagens minoritárias, incapazes, a princípio, de manter contato físico e relacionamento perene, são abordadas como casos psicanalíticos, mas o filme não entra nessas de transtorno disto ou daquilo, síndrome disto ou daquilo. Os atores, desconhecidos para mim, encaixam como uma luva nos papéis.



O filme é um atrativo visual, além de tudo, pois as degustações de chocolate e as maisons de chocolat dão água na boca. Soma-se a isto os hotéis, os restaurantes, e o campo francês. Filme apolítico, no sentido de que as relações sociais estão amortecidas peloconvívio razoável entre os empregados e dono da pequena empresa, é filme bem sessão da tarde, sem ofender a inteligência do espectador. Foi um bom antídoto para Os vingadores.


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