Tarkus
(Emerson, Lake & Palmer)
Do pentateuco sagrado do rock progressivo (Pink Floyd, King Crimson, Genesis, Yes e ELP) o Emerson, Lake & Palmer é notoriamente o elo mais fraco. Hoje ele pode até ser cultuado, face à pobreza geral do rock, e a nostalgia de que já existiu uma era do ouro no passado. Mas durante a década de setenta eu me recordo bem que era um grupo alvo de críticas por sua postura megalomaníaca. A ausência de um guitarrista de peso, dado que era a banda do tecladista Keith Emerson, também contribuia para o torcer de narizes. Soma-se a isto o fato de que era o grupo que mais se aproximou da música clássica, e também da música romântica convencional, pois o baixista e cantor Greg Lake adorava bem o sucesso com as garotinhas.
Tarkus somente está nesta minha lista porque está cada vez mais difícil encontrar marcos no ano de 1971, não é fácil encontrar doze discos de um mesmo ano em um universo restrito, já que as demais opções da época, como black music e mpb não entram muito aqui no meu toca-discos.
O primeiro lado de Tarkus é uma suíte conceitual, algo que o Yes fez muito melhor do que o ELP e o lado dois são musiquinhas, bem ao gosto de Greg Lake. Bom, vale a pena conhecê-lo ainda assim, é um disco de rock progressivo e autêntico produto dos anos setenta, muito melhor do que noventa por cento do que rola por aí.
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