Biblioteca Pascal
(2010)
Este filme faz parte de um reduzidíssimo grupo de produções cinematográficas: os filmes que são bons, mas que me causam uma certa repulsa, algum mal-estar. São filmes que a título de explorar as profundezas da alma humana acabam tecendo um elogio à degradação, à falta de uma vida equilibrada.
Mona é uma mulher húngara que possui uma filha romena de três anos, mas corre o risco de perder em definitivo a sua guarda. O conselheiro tutelar local a entrevista com o objetivo de opinar - e não de decidir, ele não é juiz de direito - sobre se a menina deve retornar à custódia da mãe biológica. Para explicar porque abandonou a própria filha e foi morar na Inglaterra a moça conta uma estória do arco da velha.
O tema subjacente é o tráfico internacional de mulheres e o beco sem saída que a Romênia se encontra. Em Paris eu vi adolescentes romenas como pedintes em vários pontos de maior concentração turística.
O filme é interessante como enredo, narrativa fantástica que vai ser esclarecida no devido tempo, fotografia e bons atores desconhecidos (bom, pelo menos para mim). Mas é bem deprê.
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