Scott Pilgrim contra o mundo
(Bryan O'Malley, ed.bras.2010)
Como uma série de quadrinhos sobre adolescentes e jovens pode agradar ao leitor adulto, inclusive ao que já passou dos trinta há muito tempo? Com humor. Scott Pilgrim tem ótimas tiradas que ganham a simpatia do leitor e o convence a ir adiante. O protagonista é um jovem canadense de 23 anos, que não se "lembra" se terminou a faculdade ou não, mora de favor com um amigo gay - com o qual divide a cama, por falta de grana e espaço- resolve namorar uma colegial de dezessete, e que por esta razão aguenta as gozações de sua banda, na qual toca baixo, e não quer conversar com a irmã sobre procurar um emprego. Esta edição brasileira contém os dois primeiros livros da série (seis ao todo, a partir de 2004) e que fundamentaram o filme homônimo. Sobre este posso dizer que preserva os melhores diálogos da hq, e o ator que faz Scott (Michael Cera) não lhe é semelhante, é mais sonso do que espevitado, mas caiu bem na personagem. Assim como uma fala bem colocada ("os quadrinhos são melhores do que o filme"), sem dúvida, os quadrinhos são superiores à produção para as telas. A transição de uma narrativa convencional para um jogo de videogame pode irritar o leitor/espectador, mas é o marco inovador desta série.
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