Live in Berlin
(Sting, 2010)
A primeira vez que ouvi Sting foi no Cassino do Chacrinha, em 1980, com o videoclip de De do do do da da da, do The Police. Estava na cara que era um grupo comercial. Mas os seus cinco discos lançados entre 1978-82 eram muito bons, comprei-os todos e ouvi-os sem chegar a ser um fã. Synchronicity deixou claro que Sting era muito chegado a uma leitura, este esquisito hábito que a maioria dos diplomados em universidades simulam possuir e gostar. Passei, por esta razão, a levar o cantor mais a sério, e após o fim da banda curti de montão os seus primeiros álbuns solos: The dream of the blue turtles (1985) e Nothing like the sun (1987). A galera feminina pôs Sting no topo das paradas. Mas após este ano Sting começou a lançar uns álbuns muito ruins, virou uma espécie de Julio Iglesias britânico, e não acertou em mais nada. Continuei acompanhando porque é fácil ter acesso ao mainstream. Este ao vivo em Berlim começa bem, a sua voz ainda é muito boa, a orquestra ótima, e nem preciso comentar a qualidade da gravação, isto não é mais problema para ninguém. Dá para ouvir como um cd de jazz (morno). Parece música de domingo de manhã, antes do almoço, ou alguma cena doméstica de filme de Woody Allen. Terei gostado ou não?
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