Reinações de Narizinho
(Monteiro Lobato, 1931)
Em 1974 eu li uma boa dúzia de obras de Monteiro Lobato, todas sobre o sítio do picapau amarelo, claro. Não sei se as professoras primárias da época introduziam estas estórias como uma resistência contra a cultura oficial da época, talvez sim, talvez não, pois os seus professores estavam na militância. O universo de Monteiro Lobato não era claramente político, mas havia um contexto de brasilidade, algo celebrado tanto pela esquerda e até meio que incentivado pelos militares. O próprio escritor já havia sido preso, durante o Estado Novo, por ter insistentemente afirmado, na imprensa da época, que o Brasil possuía petróleo.
Lembrar de Monteiro Lobato me faz recordar BH, onde vivi dez anos. Belo Horizonte foi uma cidade muito interessante na década de setenta, ainda que a população meio que se sentisse diminuída, por ser tratada como caipiras pela cultura carioca plim-plim.. A propósito, eu usava quédes, e não tenisssh, e comia biscoitos, e não bolachasssh, como os juisshforanosssh, a quem chamávamos de cariocasssh do brejo, rs...
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