A ética protestante e o espírito do capitalismo
(Max Weber, 1920)
Todo professor que se preze fica lamentando por não ter sucesso em convencer os seus alunos a lerem, o que quer que seja. Mas houve uma época em que o povo brasileiro deveria ler em excesso, pois volta e meia, quando cursava História, alguém tentava me convencer a não ler determinada obra. Eu já sabia que os autores criticados eram melhores do que o que se dizia a seu respeito e dos seus escritos, mas esta obra aqui foi a principal das vítimas.
Afirmavam que Weber teria tentado explicar o capitalismo pela ética protestante (uma explicação fundamentada na religião, portanto). Mas não é que o homem, logo de cara, afirma que não iria substituir uma explicação monofatoral (a de Marx, fundamentada na acumulação primitiva de capital, uma explicação econômica, por suposto) por outra? Este livro é tão interessante, tão bem escrito, tão fundamentado, que eu o li num único dia, em fins de 1987, quando me preparava para o concurso de mestrado em Ciência Política, na UFMG.
Com base nisto, proponho, com Bono Vox, os seguintes axiomas:
Todo livro é bom.
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