Ladrões de bicicletas
(1948)
Este clássico do cinema realista italiano, dirigido por Vittorio de Sica, é obra da forte crença de que uma arte socialista deveria desnudar a realidade, desvincilhar-se dos entraves ideológicos da arte burguesa, repudiar a narrativa e a ficção, mostrar a realidade tal como ela é, e outras fantasias positivistas que permearam a estética lenino-stalinista e, por tabela, chegaram à Itália, França e países latinoamericanos por influência difusa dos seus partidos comunistas.
Mas uma obra pode ser mais rica do que as intenções do seus autores e as restrições de seus críticos. Ladrões de bicicletas é excelente, prende a atenção do espectador, e não exige mais raciocínio do que o necessário para compreender uma novela global.
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