Nunsexmokrock/Nina Hagen Band
Ouvi Nina Hagen, à exaustão, em 1982. Inicialmente o Nunsexmonkrock, que rapidamente, para a época, foi lançado no Brasil e o primeiro, Nina Hagen Band, gravei do lp importado de um amigo que me emprestou muitos álbuns fundamentais.
Nunsexmonkrock dividiu muito as boas opiniões. Eu entendia a estranheza que os outros sentiam, mas foi um lançamento e uma artista com os quais simpatizei-me de cara, não só porque os temas que ela tratava eram relevantes, como a sua voz era ótima, cercada de bons músicos, fora a idiossincrasia de ter sido proibida de voltar à Alemanha Oriental pelo estado totalitário de Erich Honecker.
Quando soube que ela viria ao Brasil fiquei ansioso e apreensivo. Queria muito poder ver este show (fui nas duas vezes) mas tinha medo do que a Grande Irmã faria com ela. Não deu outra, ela foi tratada como ridícula e louca, senha para a Globo permitir que ela entrasse nos nossos lares sem perturbar a ataraxia alheia. Verdade é que ela deu bastante corda, e nos outros países, tal como ocorre em menor escala com o Laibach, a ação e reação são idênticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário