NOKAS
(2009)
Este filme norueguês é bem interessante, pelo menos por duas razões: primeiro porque há amplas tomadas de Stavanger, uma cidade do sul da Noruega que provavelmente eu não visitarei. Acho muito legal o cinema, assim como documentários televisivos, nos darem a oportunidade de conhecer o mundo, particularmente locais que são interessantes exatamente por não serem turísticos. A segunda é que este filme realiza, de fato, um clichê manjadíssimo de quem lê crítica de filmes: a tal da câmara como protagonista.
Aqui realmente não há nenhuma personagem que ocupe o centro da trama, há uma meia dúzia que têm peso equivalente. Mas a danada da câmera não pára um minuto, tipo jornalismo de ação, e ficamos até meio zonzos, meio com vontade de dizer para o cinegrafista dar umas paradinhas de vez em quando.
NOKAS é uma espécie de centro de distribuição de dinheiro da Noruega, não é exatamente como a Casa da Moeda, mas eu não conheço instituição equivalente aqui no Brasil para poder exemplificar. O fato é que nesta cidade petrolífera, pesqueira e universitária de quase duzentos mil habitantes, uns dez ladrões resolveram, e conseguiram, roubar cerca de dez milhões de euros, em abril de 2004, em uma ação que durou cerca de vinte minutos. Um policial solitário abre fogo contra os sentinelas dos criminosos em uma praça com civis caminhando - uma atitude "heroica" que ao meu ver não se justifica - e o bicho pega fogo.
O filme podia ser um pouco maior (apenas 87 min), e a direção é de Erik Skjoldbaerg, o mesmo de Insônia (1997), com Al Pacino.
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