Juiz de Fora

terça-feira, 12 de abril de 2011

A beleza salvará o mundo?








Helmut Berger (n.1944) me impressionou em 1976 quando assisti Vitória em Entebbe sobre o sequestro de um avião israelense pelo grupo terroista alemão Células Revolucionárias, confundido com o ultraterrorista Baader-Meinhof. Berger me passou a imagem de uma masculinidade fora do padrão americano-otário-frequentador-de-academia. Mais tarde o vi em Dorian Gray, - que agora tem uma versão meio sósia, meio suco em pó nas telas -, e também em dois clássicos de Luchino Visconti: Ludwig (1972) e Violência e Paixão (1974). Alguém vender a alma para se manter jovem está além da minha aceitação, e Helmut Berger aceitou envelhecer e a conservou íntegra nesta indústria mercenária das grandes telas.

Coincidentemente, ou não, conforme Jung, é lançada no Brasil a última coletânea de ensaios de Tsvetan Todorov, A beleza salvará o mundo, com este título provocador (retirado de O Idiota, de Dostoiévski), tratando de Rilke, Oscar Wilde e uma dona que eu não conheço (Marina Tsvetaeva), nesta época em que as pessoas não vendem mais as suas almas, mas pagam para que o Feioso as leve.




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