Juiz de Fora

quinta-feira, 3 de março de 2011

Férias-prêmio



Em Anna dos Seis aos Dezoito, o cineasta e ator russo Nikita Mikhalkov afirmou que o dia em que se sentiu mais frágil na vida foi o da morte de Stálin, em 1953. Parecia-lhe que o mundo iria acabar. Milhões choraram a morte do carnificida Jóssef Djugatchvili.

Eu fico pasmo como o ser humano gosta da escravidão, embora isto já tenha sido dito por Etienne de La Boétie, em Discurso da Servidão Voluntária (1571), uma obra indispensável, que, por mera sorte, li há mais de vinte anos. No meu dia-a-dia conheço dezenas destes seres que temem a liberdade mais do que o Estado total.

Estou entrando em férias-prêmio de um estabelecimento de ensino no qual trabalho há dezenove longos anos. É provável que eu lá não retorne após estas férias. Não quero chorar, não me sinto frágil e desamparado, e, em outro contexto e por motivos muito diversos, faço meu o sentimento expresso nesta canção a seguir:


2 comentários:

  1. puxa, fárias-prèmio, inovação moderna. eu odeio matrix. beijos, pedrita

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  2. Eu também não gostei de Matrix, rs... Mas em matéria de representação de seres que não sabem que são escravos...

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