Juiz de Fora

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Panótico vê aqui e agora (306)




A estrela imaginária
(2006)


Um grupo de empresários e técnicos chineses vão adquirir uma siderurgia fechada em uma cidade italiana. Um técnico bronco que lá trabalha há trinta anos, Vincenzo Bonavoluntà, adentra um jantar dos novos empregadores e quer explicar ao chefão como se deve fazer para reoperacionalizar a fábrica. Uma jovem tradutora (competente) chinesa tem dificuldades naturais com termos técnicos e o italiano a faz passar por inepta diante dos profissionais. Alguns meses depois Vincenzo vai a Shanghai tentar convencer os chineses a fornecer melhores peças de reposição. É informado que teria que procurar a fábrica em Wuhan, a oitocentos quilômetros a oeste de Shanghai. Encontra-se com a moça, Liu, que por ter sido demitida não o trata bem. Mas Vincenzo lhe propõe que ela o guie, mediante pagamento.




É um filme muito triste, porque o foco está na falta de perspectiva e sentido da vida da maioria dos mortais. Mas é muito interessante porque vemos a China em muitas locações. Todos sabemos como é Shanghai, mas é proveitoso conhecer a área rural chinesa, eu nunca havia visto certas regiões nem mesmo em documentários. O mundo rural chinês deixou de ser caipira para ser sertanejo: fábricas, carros, televisores, celulares, karaokê e brinquedos para todo lado. Achei particularmente deprimente as favelas modernas: gigantescos prédios com milhares de habitantes como se fossem cortiços do século XXI. São evidentes os problemas de super-exploração da mão-de-obra, poluição, abandono infantil, etc. Não sei como o filme passou pela censura chinesa.

Entre os protagonistas vai rolando aquele clima meio improvável/proibitivo entre duas pessoas de idades e mundos muito diversos. Algo como Lost in translation, mas na versão subdesenvolvida.

Um comentário:

  1. fiquei com muita vontade de ver. anotado. já vi q tenho q escolher bem a data. beijos, pedrita

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