Juiz de Fora

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Panótico vê aqui e agora (303)




Verdades e Mentiras
(1975)



Um judeu húngaro, Eymar, após tentar sobreviver como pintor nos EUA, decide copiar quadros de pintores impressionistas, e se torna o maior falsificador de pinturas da história, morando em Ibiza, vendendo quadros por cerca de dez mil dólares que jamais foram recusados pelos museus e que enganaram os próprios pintores sobre sua autenticidade. Um jornalista que entrevistou Howard Hughes no auge de sua loucura escreve uma biografia sobre este pintor. Um jovem aspirante a pintor após passar fome tentando vender os seus quadros em Dublin, muda-se para Nova York, passa a trabalhar como jornalista, e narra um programa de rádio que faz dezenas de milhares de pessoas fugirem de Nova York e New Jersey. Uma jovem sedutora de uma pequena cidade praieira no sul da França enfeitiça Picasso a ponto do mestre aceitar lhe doar todos os quadros em que ela posou como modelo.



Ouvi falar deste filme em 1979, quando um amigo disse que todas as obras de arte não teriam o valor que alcançam no mercado, e um outro amigo em comum lhe disse algo como: "Não é por que você viu Verdades e Mentiras que não vai acreditar em mais nada?!."

Sim, meu (minha) leitor(a) intergaláctico, faça como eu, assista a este filme sem maiores informações e fique se ardendo de curiosidade sobre o que é verdadeiro, verossímel, parcialmente verdadeiro ou falso, ou completamente fake nesta obra de Orson Welles.


"Quando os raios do sol recém-nascido caíram no verde e dourado
nosso pai, Adão, sentou debaixo da árvore
e arranhou com um graveto o lodo.

E o primeiro esboço rude que o mundo viu
foi um prazer para o seu poderoso coração.
Até que o Diabo sussurrou por trás das folhas:
É bonito, mas é Arte?"

(Rudyard Kipling 1865-1936)





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