O voo
(2012)
Um piloto de avião comercial (Denzel Washington) é alcoólatra e usuário de drogas. Em um voo entre Orlando e Atlanta o seu avião entra em pane por falta de manutenção, mas o adicto comandante Walt Whitaker faz umas manobras fantásticas e consegue pousar o aparelho em um campo, ocasionado apenas seis vítimas (entre elas uma aeromoça sua amante) mas salvando quase cem passageiros. Hospitalizado, o seu sangue é coletado e o herói vai tomar umas ações judiciais nas costas.
Ao que parece nos EUA a contratação dos pilotos de aviação tem um dedo dos sindicatos, o que é uma lástima, por dois aspectos: os diretores dos sindicatos vão escolher os seus protegidos e puxa-sacos, mantendo-se à frente da associação durante as eleições. E as companhias aéreas vão lavar as mãos diante de ações judiciais. Pobre do passageiro.
Fiquei com receio do filme pender a favor do piloto viciado por duas razões: uma, porque é mais fácil misturar a emoção com a razão e fazer a primeira triunfar, hipervalorizando o feito do piloto que salvou dezenas de vidas; outra, porque Hollywood tem uma longa ficha de serviços prestados ao consumo de drogas, bebidas, remédios, refrigerantes, proteína animal e etc.
Penso o seguinte: alcoólatras e toxicômanos não são vítimas, são gente que precisam de amparo, mas entraram nesta porque quiseram. E mais: se quem bebe e dirige um carro está praticando um crime, imagina um camarada que há onze anos é alcoólatra e bebe em pleno voo? Cadeia nele.
A direção é de Robert Zemeckis.
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