Juiz de Fora

terça-feira, 24 de abril de 2012

O Panótico vê aqui e agora (239)



Diário de um jornalista bêbado
(2012)



Paul Kemp (Johnny Depp) é um escritor iniciante que se candidata a um emprego de jornalista em um jornal portorriquenho em crise (1960). O homem já chega lá bêbado e o seu chefe vai logo lhe avisando que o jornal tem por objetivo dizer que tudo vai bem na ilha caribenha e também agradar aos patrocinadores. Kemp parece não se importar muito pois está mais interessado em beber à vontade.

Paralelamente, um magnata da mineração e incorporador imobiliário contrata Kemp para elogiar por meio da imprensa uma jogada hoteleira que envolve um banco e militares graduados concernente à uma ilha paradisíaca pertencente ao governo dos EUA que será passada à iniciativa privada e servirá de fachada para elisão fiscal, tudo isto, é claro, prejudicando os interesses de Porto Rico. Mas Kemp se apaixona pela namoradinha volúvel do patrão e se dá mal.

Kemp acorda para a vida e resolve ser o paladino do jornalismo investigativo.




Já fui para o cinema sabendo que o filme não era grande coisa. O que me deu medo foi o tamanho da fila (ingressos a dois reais). Esqueci que Johnny Depp é meio velho para ser ídolo de tantos jovens na casa dos vinte, e, realmente, eles estavam lá por causa de American Pie 4, e eu fiquei satisfeito pelo meu gosto ser diferente do da maioria.

É bom ver Johnny Depp em papéis diferentes do usual, mas o filme é meio fraco, é mais uma comédia de trapalhões, com piadinhas tipo Pânico na TV (eu não ri em nenhuma delas, mas a plateia parece ter se divertido bem).

No final das contas, este filme baseado no livro The rum diary (1998) escrito pelo jornalista alcoólatra e viciado Hunter Thompson, que cometeu suicídio há alguns anos atrás, não diz a que veio, a única conclusão que eu tiro é que alguém sem objetivos na vida vai agir como alguém sem objetivos na vida. Bom, por dois reais, eu precisava sair do computador, dar uma voltinha e tal, cinema colado em casa, aquela história...


2 comentários:

  1. eu gosto do depp e esse filme foi bem elogiado. mas ando com pouco money pra ir ao cinema que andam caríssimos. e esse não é o tipo de filme q minha mãe gosta de ver, então, acho q só qd chegar na tv a cabo. mas pelo seu comentário, só vale mesmo na tv a cabo e olhe lá. beijos, pedrita

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  2. Minha filha leu uma obra de Hunter Thompson (algo a ver com Las Vegas, esqueci o título, rs...) e elogiou bastante. Eu sinto que as pessoas dão um valor excessivo à pessoas malditas, veja o fuzuê do(a) tal J.T.Leroy. Eu não penso que um músico ou escritor passa a ser mais talentoso porque "desceu aos infernos".

    Bom, você tem opção dos festivais gratuitos daí de São Paulo, pelo que leio na Folha.

    Se eu fosse vincular minha ida aos cinemas à minha genitora eu jamais iria ao cinema, rs... (não estou te criticando). Eu acho um absurdo o preço do lazer das capitais brasileiras: cinema a 30 reais, danceteria a 200, restaurante a 400, show a 800, é muito mais caro do que na Europa e nos EUA, eu vivo criticando isto no Facebook e no outro blog.

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