Juiz de Fora

terça-feira, 3 de abril de 2012

O Panótico lê aqui e agora (27)



Krautrocksampler
(Julian Cope/1996)

Krautrock, ao que me consta até que este livro me demonstre estar enganado, foi um rótulo criado pelas gravadoras britânicas para se referir ao rock alemão de vanguarda do final dos anos sessenta e início dos anos setenta. Inclui os muito cultuados (e relativamente pouco conhecidos) Can, Faust, Neu e Amon Düul. Também inclui grupos como Kraftwerk e Tangerine Dream, estes últimos estranhos aos demais, posto que pertencem ao ramo eletrônico (o primeiro) e progressivo ou progressivo eletrônico (o segundo) e com um alcance mundial de notório sucesso. Julian Cope fez parte de algum grupo britânico dos anos oitenta, cheguei a ver e ouvir alguma coisa dele na época, de pouca relevância e depois se tornou jornalista, de maior credibilidade do que como músico.

De cara, o autor já é honesto e mostra as garras: é apaixonado pelo mundo das drogas, particularmente pelo acidofilia dos anos sessenta, e é virulento contra o rock progressivo britânico, citando literalmente Yes, ELP e Pink Floyd como inimigos da música de qualidade. Independentemente disto, possui séria análise sociológica e é repleto de informações. Recomendo para quem gosta de história da contracultura e do rock em particular.


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