Juiz de Fora

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Panótico lê aqui e agora (28)




A montanha mágica
(Thomas Mann/1924)

Doutor Fausto de Thomas Mann me levou a praticar um sacrilégio. Pela primeira vez na vida pulei páginas. Apresento a minha atenuante: Thomas Mann é conhecido na literatura por ser muito descritivo, excessivamente minucioso, a obra tinha mais de setecentas páginas, eu estava super curioso em saber o desenlace final, e em determinado capitulo havia uma discussão de mais de trinta páginas a respeito de temas musicais que envolviam um conhecimento teórico de composição e harmonia que eu não possuo. Achei enfadonho e fui pulando os parágrafos, um a um, até o debate se esgotar e retornar à narrativa principal. Isto ocorreu há uns quinze anos atrás.

Nunca mais li nada de Thomas Mann, mas certas obras têm um efeito químico em mim. Assim que eu pego um clássico como este, começo a folheá-lo e, principalmente, verifico que o seu preço está a menos da metade de uma edição normal, eu não consigo (e nem faço muita força) resistir.



Com que então estou lendo A montanha mágica, a obra-prima do escritor alemão. Não sei se vou dar conta de suas mais de mil páginas em letras minúsculas, não este ano, com um mestrado por concluir. Não o ano que vem, com concursos por fazer. Mas é o próprio autor quem diz no "Propósito":

"Não será, portanto, num abrir e fechar de olhos que o narrador terminará a história de Hans Castorp. Não lhe bastarão para isto os sete dias de uma semana, nem tampouco sete meses. Melhor será que desista de computar o tempo que decorrerá sobre a Terra, enquanto esta tarefa o mantiver enredado. Decerto não chegará - Deus me livre - a sete anos. Disto isto, comecemos."


Um comentário:

  1. eu amo a montanha mágica, foi o primeiro q li do thomas mann. eu comecei a ler cedo demais, despreparada demais e larguei várias vezes. um pouco mais tarde, mais preparada, li e amei. amo tb dr fausto q li emprestado de uma amiga. fascinante. beijos, pedrita

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