Juiz de Fora

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Panótico vê aqui e agora (232)


God bless Ozzy Osbourne
(2011)



Eu não gosto de heavy metal, e menos ainda de Ozzy Osbourne. No entanto, eu gosto muito de documentários, adoro biografias e respeito o trabalho do Black Sabbath pelos quatro primeiros discos, feitos entre 1970-2. Por estas razões resolvi ver este documentário.

Achei-o honesto e interessante, mesmo sabendo que se trata de um conjunto harmônico dentro da linha: "vamos falar de sucesso, drogas, rock, festas, muito dinheiro, mas depois lembrar a nossos filhos e netos que estas coisas são erradas e destroem famílias."

Eu não sinto pena de popstars drogados, aliás eu não sinto pena de popstars sóbrios. A esposa de Ozzy, Sharon, passa por uma heroína maternal, salvadora de Ozzy e mantenedora da família, mas ela tem uma parcela gigantesca de culpa por fazer três filhos com um cara sabidamente doente que já havia ferrado com sua anterior família (e seu casamento). Sharon é bem manipuladora, e mesmo os filhos de Ozzy pareceram ter um belo senso de marketing com o show de horrores The Osbournes, que passou na MTV mundial. Se há alguma ética neste povo foi a de sua primeira filha, Ammie, que se recusou a participar do seriado televisivo. Se é para ter pena de alguém, eu teria dos dois primeiros filhos de Ozzy que afirmaram com todas as letras que o cara foi um mau pai. Sentir piedade da primeira esposa? O que tem na cabeça destas groupies, casar com uma imagem?

A indústria fonográfica vende perdição e redenção.

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