A classe operária vai ao paraíso
(1971)
Este filme foi citado algumas vezes em salas de aula quando eu cursei História, na década de oitenta. Achava o título provocativo, mas simpático, algo típico das comédias italianas. Um professor comentou que há uma cena marcante, em que um sindicalista diz pra outro em uma reunião política: "camarada, eu vou fazer a sua auto-crítica." Fiquei com esta imagem de um filme que faria uma crítica inteligente e bem-humorada ao modus operandi da esquerda oficial.
Mas na madrugada quase sonolenta de ontem o que vi foi um filme meio mal-feito, muito escuro, com personagens abrutalhados, sem carisma, e um clima de denuncismo e perseguições mútuas, um ambiente desagradável, pouco acolhedor. Como já tive uma amarga experiência como sindicalista o filme me deixou aborrecido. Aliás, ultimamente tenho achado qualquer convívio coletivo um tanto ameaçador. Bom, mas isto é outro papo.
Quanto ao filme, deixei-o pelo caminho e fui rever Rango, uma grande homenagem aos filmes de John Ford e Sérgio Leone (os quais também ainda não os vi).
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