Juiz de Fora

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Panótico vê aqui e agora (120)


Potiche
(2010)

Terças às noites no Alameda, cinema a quatro reais (tranquilão), sem fila (tranquilão), cheguei na hora (tranquilão), primeiro a entrar, escolhi o melhor lugar da sala (tranquilão) chegaram umas dez pessoas (acabou o meu sossego?).




Fui assistir Potiche com algumas reticências, e o que nos aguarda? Catherine Deneuve faz uma rica esposa de empresário, herdeira de uma fábrica de trezentos operários, mas acomodada como dona de casa enquanto o marido que não a ama dirige o estabelecimento do falecido sogro com punhos de ferro, e a trai com a secretária e prostitutas de um nightclub. A filha mimada do casal diz que a mãe é um potiche (troféu), o marido enfarta durante uma greve, e la Deneuve vai assumir o seu destino feminista, com a ajuda do deputado local e ex-amante Gerard Depardieu.



E aí eu pergunto: pô, mas que filme ruim?! Precisava ser tão ruim?! Tema ultrassurrado, anacrônico, pastiche das comédias políticas e italianas da década de setenta, filme mais novelinha barata. Personagens estereotipadas (inclusive os sindicalistas ogros), filme que precisa explicar ao espectador para quem ele deve canalizar as suas simpatias, que melequinha de produção. Quando Depardieu e Deneuve dançam em uma discoteca ao som de Bee Gees (o filme se passa em 1977) duros como pedra, sem o menor remelexo, levantei-me e fui para casa.


Poupe a sua grana. Espere passar na tv e, ainda assim, não o veja de graça, rs...

Um comentário:

  1. bom, melhor assim, pq eu tenho vontade de ver, mas não anda sendo possível ir no cinema. beijos, pedrita

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