Juiz de Fora

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Panótico vê aqui e agora (119)


No direction home
(2005)


Antes de falar de monstros sagrados é bom fazer um disclaimer. Ouvi o nome de Bob Dylan no início da adolescência, e o som dele já era considerado do "passado" (não vai nenhum juizo de valor), um dinossauro pré-roquiano, anterior aos Beatles e Stones. Tinha para mim que ele sempre fez um som meio folk, meio blues e com músicas de "protesto" (êta rótulo besta), e o meu interesse pela música dele era basicamente o mesmo interesse que tenho por MPB: algo que reconheço o valor mas no fundo não gosto.



Mas documentário é documentário e eu adoro biografias. O que eu achei muito curioso neste filme é que mostra Bob Dylan, em uma turnê pela Inglaterra, em 1966, no auge de sua carreira, e jovens de esquerda metendo o pau no cara, chamando-o de vendido, traidor, comercial e outros insultos. Dylan dá o show com vaias intermitentes. E aí fica a questão que permeia as mais de três horas de filme: qual foi o envolvimento de Bob Dylan com a agenda de esquerda dos tenebrosos anos sessenta? Bom, você vê e tira as suas conclusões. De música mesmo, eu mantenho a mesma opinião sobre este artista: há umas duas ou três faixas de que gosto, provavelmente as mesmas preferidas do público. De resto, a voz dele, aquele violão e aquela gaitinha não são para mim.



Joan Baez e Bob Dylan. Martin Scorsese tinha que dar um tom de novelinha ao documentário.

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