Juiz de Fora

terça-feira, 14 de junho de 2011

O Panótico vê aqui e agora (116)


X-Men: primeira classe
(2011)



Este é o tipo de filme que angustia aqueles que gostam muito de quadrinhos, ainda que não seja um verdadeiro fã como a galera de The big band theory. Fui lá vê-lo nas terças do Alameda (só quatro reaizinhos, sorry Pauliceia), sem fila, e sem estacionamento porque moro a dois minutos a pé do cinema (sorry everyone). Comprei o meu ingresso tranquilão, fui para a fila apenas nos vinte minutos anteriores ao horário e entrei entre os dez primeiros pagantes. A surpresa começou na fila: cadê os infernais adolescentes de ensino médio público e privado que vão ao cinema fazer diversas coisas menos assistir a filmes? Não os havia, somente universitários descolados e alguns casais de meia-idade, gente de minha faixa etária que aprendeu a se comportar nos cinemas a mando de seus pais.




Como não assisti X-Men: origens, estava sem notícia se este quinto filme manteria a ótima qualidade dos três primeiros. Passados os inevitáveis clichês para a tchurma da geração shopping center, o filme vai bem. Primeiro porque acertaram em duas escolhas espinhosas: Charles Xavier é representado pelo escocês  James McAvoy (Band of Brothers, O último rei da Escócia) e o Magneto que é a personagem principal, não há dúvida, na pele do alemão Michael Fassbender (lembra-se do tenente inglês traído pelo "sotaque de Piz Palü" em Bastardos Inglórios?). Em segundo lugar porque as personagens adolescentes são mutantes, e, portanto, não podem ser sarados e seguros de si, benza a Deus.




A trilha sonora também é impecável. Kevin Bacon faz (bem) o arquivilão Sebastian Shaw, um mutante manipulador que se utiliza do auge da Guerra Fria (1962) para levar a humanidade à destruição, nesta visão quase politicamente correta do papel de estadunidenses e russos no conflito. Eu preferiria Christopher Waltz, o coronel Landa, mas ator esperto não cai nessa de só fazer estereótipos.




Como um plus, alguém aparece por cinco segundos no meio do filme e ganha a plateia, e não pode faltar uns dois ou três momentos de emoção real, amizade e ternura. 



Para ver e rever. 



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