Juiz de Fora

segunda-feira, 1 de abril de 2013

My best loved 1973 rock albums (4)




Brain Salad Surgery
(Emerson, Lake & Palmer)



Conheci o trio inglês Emerson, Lake & Palmer lá pelos idos de 1976 em um saudoso programa dos sábados à tarde da tv Globo que exibia muita coisa boa dos anos setenta, e é uma pena que eu era muito criança para compreender o que se passava. Na minha mente ficou a imagem de três caminhões dos músicos, com os respectivos nomes, levando os instrumentos pelas estradas dos EUA.

Quando comecei a ouvir progressivo, dois anos depois, o ELP era um grupo na minha mira. Fui ouvindo-o gradativamente, não gostava tanto quanto eu amava Genesis, Yes e King Crimson, pois o som do trio me parecia meio voltado para o grande público, um pouco estereotipado.

Ouvi Brain Salad Surgery no final de 1981, e a primeira faixa, Jerusalem, me pareceu muito careta,  -embora muito bonita -, algo que não combinava com a capa de H.R.Giger, o criador de Alien. A segunda faixa, no entanto, Toccata, era mais uma brilhante interpretação de clássicos pela banda. Daí em diante o disco é quase tudo o que um fã de progressivo quer: músicos competentes tocando muito, mas com harmonia, sentido, contextualização, ambientação, evolução, etc., não é só tocar por tocar, não é apenas fazer solos indefinidos.

Keith Emerson (teclados) era o dono do grupo. O cantor e baixista Greg Lake, a cara comercial da banda, do tipo que fazia as moças comprarem o disco da banda e somente ouvir as baladinhas, como a terceira faixa, Still...you turn me on. E o batera Carl Palmer estava lá porque banda precisava de bateria, ora bolas. Guitarrista? Jimi Hendrix quis tocar com o grupo e Keith Emerson said: no, no, no...

Benny the Bouncer é uma bobeirinha que me fazia duvidar (muito) da seriedade do grupo e depois vem Karn 9, uma suíte de trinta minutos, do tipo ame o progressivo ou o deteste.

Brain Salad Surgery é o quinto, o melhor, e o último disco bom do Emerson, Lake & Palmer.


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