The fat of the land.
(Prodigy, 1997)
Eu não tenho interesse algum por celebridades, estrelas grandes ou pequenas. Não tenho ídolos incondicionais, nem mesmo Peter Gabriel seria um deles. Explico-me: eu me interesso pelo que elas fazem, não pelo que elas aparentam ser. O músico pode ser tratado a pão-de-ló pela mídia e público, mas se o cd lançado for ruim, é só ruim e pronto e acabou. Dito isto, o visual quanto mais repulsivo mais sexy de Marilyn Manson ou do cantor do Prodigy, Keith Flint, por exemplo, não me fazem gostar ou deixar de gostar de sua música. Independentemente de sua postura (meio bronca, semelhantemente à de outros como os Oasis e os Chemichal Brothers), motivo de boa parte de seu sucesso estrondoso, o Prodigy, com o seu terceiro álbum, The fat of the land, foi um dos grandes responsáveis por consolidar o techno no mercado fonográfico.
A batida inicial de Smack my bitch up (cujo vídeo foi censurado, grande ineficácia) faz com que eu até arrisque uns passos (I can't dance, como o Genesis), e já não bastasse ser boa o bastante, em seguida vem Breathe, um pancadão. Diesel power mantém o ritmo, pula-se Funky shit, que é um shit meio funky, e volta a energia de Serial thrilla. Mindfields caberia bem em um filme de suspense. Narayan é a minha preferida, palmas para Liam Howlett, o discreto instrumentista responsável por noventa por cento do som da banda. Firestarter é para garantir o leite em pó dos moços, e novamente vem outra faixa recompensadora, Climbatize, um techno ao agrado de ouvidos progressivos. Um dos marcos da década de noventa. É uma pena que os demais álbuns do Prodigy são apenas bons.
Nenhum comentário:
Postar um comentário