Juiz de Fora

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Panótico vê um filme turco que não é totalmente deprimente. (348)


Can
(2013)




Cemal é um operário estéril.de Istambul  Querendo um filho, inclusive por temer sofrer bullying sobre sua sexualidade, resolve, sem a concordância da esposa Ayse, fazer uma adoção ilegal. Ayse é uma dona de casa cujo rosto é a expressão permanente de infelicidade, ressentimentos, opressão, ignorância, baixa auto-estima... Cemal fica todo empolgado com o bebê, mas Ayse só lhe sente repulsa.

Por meio de flashbacks vemos o pequeno Can sentado sozinho em uma praça, enquanto sua mãe Ayse trabalha como servente em um restaurante. Sentimo-nos como o aposentado que se preocupa como é possível uma criança passar todas as manhãs sem a companhia de adultos, sem amparo.

Quase todo filme turco que eu vejo é muito para baixo, o que já fez com que eu desistisse de alguns. Com certeza tem a ver com a situação política do país, que mais se parece com uma ditadura do que uma democracia. Neste aqui pelo menos temos empatia pelo garoto, ou pelo pai ou pela mãe conforme cada um se sensibiliza pelos problemas de gênero.

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